Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
MISc - Miscelânea

25155 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS POVOS INDÍGENAS DO XINGU: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
SANDRA MONTEIRO DE SOUZA - UNB, DENISE OSÓRIO SEVERO - UNB, MARIA DA GRAÇA LUDERITZ HOEFEL - UNB


Apresentação/Introdução
O Parque Nacional Indígena do Xingu localiza-se no estado do Mato Grosso, na porção sul da Amazônia brasileira. Existem 14 povos diferentes, distribuídos em 67 aldeias. A falta de saneamento básico e as mudanças determinadas pelo contato com a sociedade não-indígena, interferem na saúde destes povos e podem modificar o perfil epidemiológico desta população.


Objetivos
A pesquisa visa conhecer o perfil epidemiológico dos povos indígenas do Xingu, com intuito de subsidiar a compreensão da situação de saúde e a qualificação das políticas públicas de saúde indígena.


Metodologia
Trata-se de uma revisão sistemática, com recorte histórico entre 2005 a 2017, que adotou 05 fontes de dados: Medline, PubMed, CAPES, SciELO e LILACS. Foram utilizadas 04 palavras-chaves e encontrados 172 artigos. Após seleção realizada por meio da leitura crítica de resumos, bem como a eliminação de duplicidade de artigos indexados nas diferentes bases consultadas, a amostra foi constituída por 20 artigos. Procedeu-se então a leitura integral dos mesmos e a realização da extração dos dados, síntese e análise, com base na adaptação do instrumento de Ursi (2005) e na categorização do CID-10, o que permitiu identificar 04 grupos de doenças e problemas abordados nas pesquisas.


Resultados
Do total, 40% tratam de Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas, 35% Doenças Gênito-urinárias, 20% Doenças Infecciosas e Parasitárias e 5% Doenças da Cavidade Oral. Os estudos evidenciam altas taxas de síndrome metabólica, hipertensão arterial, obesidade e anemia. Quanto à segunda categoria, refere-se aos estudos de diagnóstico de lesões precursoras de câncer de colo uterino e HPV. Quanto às doenças infecciosas e parasitárias, abordam parasitoses intestinais e revelam alta prevalência em crianças indígenas com idades entre 2 e 9 anos. Quanto às doenças da cavidade oral, 01 artigo trata da cárie dentária em pares indígenas de mãe e filho e indica alta prevalência de cáries.


Conclusões/Considerações
Percebe-se que a maioria das pesquisas tratam de doenças metabólicas e nutricionais, revelando taxas elevadas nessa categoria. Nota-se que as pesquisas publicadas no período definido vem ao encontro de outros referenciais que têm assinalado a existência de uma transição epidemiológica também vivenciada pelos povos indígenas, com tendência de elevação das doenças crônicas não-transmissíveis e co-existência de doenças infecto-parasitárias.

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