28/07/2018 - 08:00 - 09:50 MISa - Miscelânea |
24825 - PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS E SURTOS POR VARICELA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (2007-2017) MARIA CONCEBIDA DA CUNHA GARCIA - SESAP/RN, ANNA LÍVIA DE MEDEIROS DANTAS - SESAP/RN, ELAINE FERNANDES TRITANY - SESAP/RN, SENEI DA ROCHA HENRIQUE - SESAP/RN, MARGARIDA MARIA CORSINO RODRIGUES CABRAL - SESAP/RN, MARIA DE LIMA ALVES - SESAP/RN
Apresentação/Introdução A varicela é uma infecção viral primária, aguda, exantemática e altamente contagiosa. Desde 2013, o Ministério da Saúde oferece a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses como parte do Calendário Nacional de Vacinação, visando a prevenção e o controle da doença. Ademais, com a inclusão da referida vacina estima-se uma redução de 80% das hospitalizações por varicela.
Objetivos Descrever o panorama epidemiológico dos casos notificados por varicela no Rio Grande do Norte (RN), bem como, analisar a distribuição dos surtos ao longo dos anos (2007 à 2017).
Metodologia Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, realizado no estado do Rio Grande do Norte no período de 2007 à 2017. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Especificamente os dados referentes a varicela grave foram extraídos das fichas de notificação específica para esses casos, a qual foi instituída no estado em 2017. A análise dos dados foi realizada através de frequência absoluta e relativa.
Resultados Na última década (2007-2017) foram notificados 30775 casos (100%), com período de maior incidência de casos nos anos 2007, 2011 e 2014. Predominou indivíduos do sexo masculino (n=15552; 50,3%), faixa etária de 5-9 anos (n=7531; 23,91%), seguida das faixas etárias de 1-4 anos (n=5922; 19,2%) e 20-34 anos (n=5217; 16,9%), raça parda (n=11580; 37,6%), ensino fundamental incompleto (n=4106; 13,3%) e residentes na zona urbana (n=23827; 77,4%). Nesse mesmo período foram identificados 405 surtos por varicela, sendo as maiores ocorrências em 2008 e 2017. No tocante a varicela grave, em 2017, foram notificados 23 casos, e as complicações mais frequentes foram infecção secundária de pele e pneumonia.
Conclusões/Considerações Após a introdução da vacina observou-se a diminuição do número de casos especialmente nas faixas etárias de 1-4 e 5-9 anos. Diante disso, reforça-se a importância das ações de vigilância epidemiológica através da geração de informações que subsidiem o planejamento e a gestão de recursos direcionados para a prevenção e controle da doença nos grupos mais susceptíveis, com consequente redução de custos por internações e diminuição da mortalidade.
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