28/07/2018 - 08:00 - 09:50 MISa - Miscelânea |
22736 - PERFIL DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NAS UNIDADES SENTINELAS PARA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, SEXUAL E OUTRAS VIOLÊNCIAS EM UMA REGIÃO DO NORDESTE BRASILEIRO ROMÊNIA KELLY SOARES DE LIMA - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ, JÉSSICA KAREN DE OLIVEIRA MAIA - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ, CLEONEIDE PAULO DE OLIVEIRA PINHEIRO - CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ, PRISCILA NUNES COSTA TRAVASSOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, LARISSA RODRIGUES DE FREITAS - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ, BRUNA NUNES COSTA LIMA ROSADO - ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA, FRANCISCO JOSÉ MAIA PINTO - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, RAIMUNDA MAGALHÃES DA SILVA - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, CHRISTINA CÉSAR PRAÇA BRASIL - UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Apresentação/Introdução A notificação é uma ferramenta significativa no combate a violência. O profissional capacitado colabora consideravelmente no rastreamento e redução desse agravo contribuindo para a criação de políticas públicas. Diante disso, surgiu a indagação: qual o perfil dos profissionais que trabalham diretamente com a notificação das violências em unidades sentinelas no município de Fortaleza–Ceará?
Objetivos Descrever o perfil dos profissionais que trabalham diretamente com a notificação das violências em unidades sentinelas no município de Fortaleza/Ceará, seu conhecimento e preparo sobre a notificação da violência.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva, realizado em unidades sentinela para violência doméstica, sexual e outras violências no município de Fortaleza/Ceará, entre fevereiro de 2013 a junho de 2014 com 330 profissionais de saúde. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário semiestruturado e digitados utilizando o software Epi-Info® versão 5.4.1. Para a análise, utilizou-se o software Stata® versão 11.1. Foi realizada a distribuição das frequências absolutas e relativas. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará, com parecer No 237.406.
Resultados Dos 330 profissionais de saúde entrevistados. A sua maioria eram enfermeiros(as) (42,0%), do sexo feminino (81,0%), faixa etária de 30 à 59 anos, formados em universidades públicas (64,0%), com mais de 15 anos (50,0%) de trabalho na saúde, com até cinco anos de trabalho o setor atual (52,0%), nunca participaram de nenhum treinamento sobre a temática estudada (67,0%), desconhecem a lei que dá suporte à notificação de violência (58,0%), desconhece o fluxo da ficha de notificação de violência doméstica, sexual e outras violências (78,0%), já identificaram casos suspeitos de violência no setor de trabalho (65,0%) e não notificaram o caso (57,0%).
Conclusões/Considerações Percebeu-se que apesar dos profissionais atuarem em uma unidade que lida diretamente com a violência, não estão adequadamente preparados. Assim, o estudo revela a necessidade de melhor capacitação destes profissionais. O profissional capacitado tem um maior domínio para detectar, notificar, promover uma assistência efetiva a vítima de violência e além disso contribui para a criação de políticas públicas colaborando na redução desse agravo.
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