27/07/2018 - 08:00 - 09:50 OLC1 - Educação e Formação em saúde por meio de outras linguagens II |
26729 - NEABI: ANTIRRACISMO EM AÇÃO ANA CLÁUDIA BARBOSA - IFRJ, SARA CAROLINA DE CASTILHO DÂMASO DOS SANTOS - IFRJ, LÍVIA DI RENNA VIANNA BRUM - IFRJ
Período de Realização Entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018
Objeto da Experiência Criação do NEABI - Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas no Campus Realengo do IFRJ. Oficinas sobre Racismo, Saúde e Adoecimento.
Objetivos Implantar o NEABI no Campus Realengo/IFRJ, em articulação intercampi;
Promover oficinas para desconstrução do mito da democracia racial;
Elaborar materiais instrucionais para debater o racismo;
Sensibilizar docentes da área da Saúde da necessária transversalidade do tema racismo nos planos de aula.
Metodologia Foram realizadas reuniões mensais que incluíram a Fundação do NEABI. Garantiu-se a representatividade de docentes, discentes e técnicos-administrativos em sua composição. Elaborou-se uma Oficina para a apresentação do NEABI à comunidade acadêmica, contemplando diferentes conceitos pertinentes ao campo teórico. A abordagem: Quiz, com duas opções de resposta, imagens que ilustrassem o tema em questão, notícias da mídia e referenciais teóricos. Discussão entre participantes e facilitadores.
Resultados O Quiz foi aplicado em três momentos, dois públicos distintos: alunos do CTACS/IFRJ e professores de graduação em saúde. Ao todo foram 27 perguntas para o CTACS, que abordavam diversos temas, como epistemicídio, violência, genocídio do povo negro e cotas raciais. O tempo disponível mostrou-se exíguo para a quantidade de perguntas, havendo adaptação no terceiro encontro. Todas suscitaram ampla discussão sobre os temas. A última oficina fez parte da Campanha 21 dias de Ativismo contra o Racismo.
Análise Crítica A implantação do NEABI está em processo, articulando-se com outras instâncias para troca de experiências. Não sendo em si um Coletivo Negro, propõe-se como núcleo de estudos/espaço de intervenção política. Porém, algo comum às reuniões são depoimentos dos afrodescendentes, pois todos os temas, de alguma forma, foram vivenciados por eles. A ausência de indígenas no grupo mantém esta discussão esvaziada, e nos fala do necessário protagonismo de minorias nestes espaços e da importância destes.
Conclusões e/ou Recomendações Em adaptação, o material instrucional elaborado para as Oficinas mostrou ser um instrumento potente, despertando os participantes para a presença constante do racismo em nosso cotidiano; o quanto ele permeia relações em todos os âmbitos; seu impacto para a saúde da população negra. Sugere-se seu uso previamente a exposições sobre o racismo, em especial junto a grupos que não tiveram contato com tema enquanto campo conceitual de estudo/pesquisa.
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