29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC7e - Deficiência, educação |
26286 - REFLEXÕES SOBRE A PREVALÊNCIA DE TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL GABRIELA MOUTINHO ALVES - UNB, EDINIZIS BELUSI - UNB
Apresentação/Introdução O Transtorno Global do Desenvolvimento - TGD (CID-10), abrange o Transtorno do Espectro Autista, segundo o DSM-V.
Em relação à prevalência, estudos americanos evidenciaram 01 caso a cada 68 americanos considerando os últimos anos. O censo escolar evidencia número crescente de crianças matriculadas com TEA no Distrito Federal a cada ano, conforme apontam a maior parte dos estudos internacionais.
Objetivos Considerando importância epidemiológica do aumento de casos de TEA em crianças matriculadas no DF o estudo buscou mostrar o impacto desse aumento nas áreas da saúde e educação pública e mostrar que há tendência no aumento anual do número de casos.
Metodologia Foram analisados os dados do Censo Escolar do Distrito Federal (DF), de 2012 a 2017, disponibilizados no site da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), elaborados a partir das declarações dos responsáveis pela escola e feitas no sistema online do Ministério da Educação (MEC), ou por um formulário impresso.
Este trabalho é uma pesquisa documental quanto ao procedimento, explicativa quanto à tipologia e qualitativa quanto à abordagem.
Critério de inclusão: tabelas referentes aos anos de 2012 a 2017 (matrículas de TGD). Serão excluídos dados do censo que não estejam entre os anos 2012 – 2017; os dados são de segunda mão, por já terem sofrido tratamento estatístico.
Resultados Os dados do censo escolar da SEDF mostram que nos últimos anos existe um aumento no número de matrículas de crianças com Transtornos Globais do Desenvolvimento, dentre os quais se enquadra o TEA. O que se observa é um aumento da demanda de crianças com TEA e um baixo número de profissionais na rede pública aptos a contribuírem para o desenvolvimento destas. A literatura internacional vem comprovando o aumento do número de diagnósticos de TEA e isso foi visto também nos dados da Secretaria de educação do Distrito Federal com um aumento de 205% entre os anos de 2012 a 2017 nas matriculas de crianças com TGD nas escolas públicas do Distrito Federal.
Conclusões/Considerações Não há na literatura brasileira estudos epidemiológicos que demonstrem a porcentagem de crianças com TEA no Brasil, o que dificulta o desenvolvimento de políticas públicas em escolas e serviços de saúde para o tratamento do autismo. É importante que sejam realizados estudos envolvendo epidemiologia e TEA no Brasil. Indícios – como neste trabalho – mostram aumento de casos, mas não há publicações com alta evidencia que comprovem essa condição.
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