28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC7d - Deficiência, acessibilidade, questões de genero |
25299 - ACESSO E ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA AO SUS EM SÃO JOÃO DA BARRA-RJ
ÈRICA TAVARES - UFF, GEIZA DANÚSIA DE ABREU PAES RETAMEIRO - SMS DE SÃO JOÃO DA BARRA
Apresentação/Introdução
O Censo 2010 (IBGE) indicou que 23,91 % dos brasileiros declararam possuir algum tipo de deficiência. Em São João da Barra, Norte do Rio de Janeiro, 25,92% da população. A população total do município, segundo o mesmo Censo, foi de 32.747 habitantes.A hipótese da pesquisa é que famílias mais estruturadas tendem a ter um nível de organização maior para garantia de direitos dessas pessoas.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é analisar as condições de acesso à saúde das pessoas com deficiência em São João da Barra, a partir da percepção da população envolvida.
Metodologia
Foi realizado um levantamento do perfil das pessoas com deficiência (tipo de deficiência e localização) junto aos agentes comunitários de saúde. Já a aplicação de questionários com uma parcela selecionada desta população buscou identificar as iniciativas individuais e familiares para a garantia dos direitos das pessoas com deficiência, a percepção sobre seus direitos e o acesso a serviços, articulando com características socioeconômicas da família. Observou-se que a percepção sobre os direitos e o acesso a serviços faz parte da demanda das famílias, embora as iniciativas não ocorram na mesma medida, seja devido à ausência de recursos, falta de informação ou mesmo desinteresse.
Resultados
A deficiência mental representou 34,9 % A pessoa da família que mais auxilia nos cuidados da PCD é a mãe (32,6%), 95,3% dos informantes (a própria PCD ou seu responsável//cuidador) percebem que devem ter acesso a direitos, Quanto à percepção de outros direitos não citados, 67,4% não indicaram a necessidade de outros direitos, 14% apontaram a necessidade de transporte público especial para o PCD .Os serviços públicos que mais usam é de saúde (83%), mesmo com morosidade na resolutividade. A maioria dos PCD’s pesquisados não dispunham de profissional de saúde para auxiliar nos cuidados.
Conclusões/Considerações
Nota-se que não há um engajamento da família na busca por melhores condições de vida, diversificação das atividades diárias e novas formas de tratamento. Não há uma organização societária/comunitária generalizada – nem no âmbito familiar – em busca de promover a autonomia dos indivíduos e o controle social na garantia dos direitos da pessoa com deficiência. As famílias tendem a realizar estratégias de sobrevivência isoladas.
|
