27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO7b - Práticas, cuidado, concepções |
23599 - POR UMA TERAPIA OCUPACIONAL E REABILITAÇÃO QUE PROMOVAM AUTONOMIA, PARTICIPAÇÃO, FORTALECIMENTO DE REDES E CIDADANIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS STELLA MARIS NICOLAU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP- CAMPUS BAIXADA SANTISTA – DEPARTAMENTO SAÚDE, CLÍNICA E INSTITUIÇÕES, ELLEN CRISTINA RICCI - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SÃO PAULO – UNICAMP - DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA, FÁTIMA CORRÊA OLIVER - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO –USP -DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA, FONOAUDIOLOGIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA FACULDADE DE MEDICINA
Período de Realização Desde 1998 na Faculdade de Medicina da USP e desde 2014 na Universidade Federal de São Paulo
Objeto da Experiência Promover atenção e formação em reabilitação articuladas aos contextos de vida de pessoas com deficiências (PCD) e suas famílias em seus territórios
Objetivos Construir perspectiva de atenção em contraponto à reabilitação tradicional centrada na reparação de estruturas e funções corporais.
Fomentar intervenções territoriais a partir de princípios da reabilitação baseada na comunidade, entendendo deficiência como questão de direitos humanos e saúde coletiva
Metodologia Identificar nos territórios modos de vida e necessidades de PCD, considerando as barreiras geográficas, de comunicação e de atitudes a serem eliminadas.
Estudo de casos em equipe de saúde e intersetoriais, acompanhamento domiciliar ou grupal na comunidade, orientação sobre direitos e tecnologias de ajuda de baixo custo, fomento da participação, autonomia e ampliação de redes sociais, construção de cotidianos mais ativos e significativos para as pessoas com deficiências e suas famílias
Resultados Construção conjunta - equipes de saúde da família, pessoas com deficiência e familiares - de novas respostas assistenciais no contexto de saúde coletiva e trabalho intersetorial.
Formação contextualizada de terapeutas ocupacionais para atuar sob paradigmas de direitos humanos e saúde coletiva, considerando a reabilitação como processo clínico-social em prol do desenvolvimento humano que apoia a construção de redes complexas e promove autonomia, participação e inclusão social.
Análise Crítica Criar propostas de atenção e formação em redes intersetoriais e interprofissionais complexas exige atitude reflexiva permanente e compromisso ético-político de profissionais e de serviços, da universidade e de estudantes na construção de respostas assistenciais embasadas no modelo social da deficiência, considerando-a como questão de direitos humanos e de saúde coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações O Brasil é signatário de Convenções e leis pautadas em uma concepção mais relacional de deficiência, considerando-a como fenômeno instaurado entre corpos e ambientes pouco sensíveis às variações corporais. Os sistemas de saúde, socioassistenciais e educacionais necessitam radicalizar suas ações no sentido de discutir, fundamentar e desenvolver práticas compatíveis com a afirmação de direitos de um coletivo cada vez mais significativo da população do país
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