26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO7a - Crianças, adolescentes, formação |
25469 - USUÁRIOS/AS DO BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC) EM IDADE ESCOLAR: RELAÇÃO ENTRE DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO GLOBAL DE DESENVOLVIMENTO E USO REGULAR DE MEDICAÇÃO MARIANA NOGUEIRA RANGEL PANDE - USP, CARLA BIANCHA ANGELUCCI - USP
Apresentação/Introdução Trata-se de pesquisa sobre a utilização de medicamentos por parte de pessoas em idade escolar que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) de um município de médio porte de São Paulo. A investigação relaciona-se à pesquisa mais ampla que caracteriza a população de beneficiários/as e procura compreender os motivos pelos quais parte desse contingente não frequenta a escola.
Objetivos Analisar a utilização de medicamentos por parte da população descrita, sobretudo dos sujeitos com diagnóstico de transtornos globais do desenvolvimento. Articular estes dados com diagnóstico e frequência a serviços de saúde e à escola.
Metodologia Foram considerados 160 formulários do Programa BPC na Escola aplicados entre 2014 e 2016 por profissionais das políticas de Saúde, Assistência Social e Educação, como parte do monitoramento previsto. Os/As respondentes são moradores/as da zona central do município pesquisado. Foram tabuladas as 119 questões que constituem o formulário-padrão do BPC na Escola, sendo analisadas aqui as respostas relativas a: diagnóstico; utilização de medicamentos; frequência à escola e a serviços de saúde. Todos os formulários respondidos foram considerados, perfazendo 121 questionários analisados.
Resultados Dos 121 sujeitos respondentes, 32 (27,5%) não frequentam atualmente a escola; 65 (51%) consumem algum tipo de medicamento regularmente, mas sem detalhar o fármaco utilizado. Proximamente, será realizada a busca ativa das famílias para associar a classe de medicamento ao diagnóstico empregado. Houve 13 estudantes que receberam o diagnóstico de transtornos globais do desenvolvimento, 12 dos quais usam medicamentos (92,3%), evidenciando associação entre fármaco e tal diagnóstico. 3 destes nunca frequentaram ou pararam de frequentar a escola. Sobre os serviços de saúde, 10 afirmam utilizar a Atenção Básica; 3 afirmaram frequentar equipamento especializado em Saúde Mental (CAPS e ambulatório).
Conclusões/Considerações Apontam-se como questões centrais: 1. A alta frequência do uso de medicamentos sugere processo de farmacologização; 2. A alta aderência à Atenção Básica (AB) pode significar eficiência do acolhimento, assim como responsabilidade da AB na farmacologização; 3. O índice de não frequência à escola reforça a importância do Programa BPC na Escola como estratégia de articulação da atenção integral e integrada à população beneficiária do BPC.
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