26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO7a - Crianças, adolescentes, formação |
23500 - O ACESSO À REABILITAÇÃO DAS CRIANÇAS COM MICROCEFALIA NO ESTADO DA PARAÍBA DANYELLE NÓBREGA DE FARIAS - FISIOTERAPEUTA, DOUTORANDA EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA E DOCENTE NA FACULDADE DE ENFERMAGEM NOVA ESPERANÇA., EMANUELLE SILVA DE MÉLO - FISIOTERAPEUTA, DOUTORANDA EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., KÁTIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO - FISIOTERAPEUTA, PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., GERALDO EDUARDO GUEDES BRITO - FISIOTERAPEUTA, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., ROBSON DA FONSECA NEVES - FISIOTERAPEUTA, PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., JULIANA NUNES ABATH CANANÉA - FISIOTERAPEUTA, DOUTORANDA EM BIOTECNOLOGIA PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., ELIANE NÓBREGA DE VASCONCELOS - FISIOTERAPEUTA, PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA., ÂNGELA MARIA BARROS SILVA - ESTUDANTE DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., SIMONE FARIAS DE SOUSA - ESTUDANTE DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA., LARISSA DUARTE DE BRITO LIRA - FISIOTERAPEUTA, MESTRANDA EM MODELOS DE DECISÃO E SAÚDE PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA.
Apresentação/Introdução O aumento no número de casos de microcefalia, decorrente da infecção materna pelo Vírus Zika, gerou, consequentemente, uma maior demanda por atenção a essas crianças nos serviços de reabilitação. Dentre as ações de reabilitação, destaca-se o tratamento fisioterapêutico, imprescindível para estimular o desenvolvimento neuropsicomotor destas crianças.
Objetivos Considerando a demanda reprimida existente nos serviços de reabilitação e a necessidade de acesso ao tratamento, o estudo buscou caracterizar o acesso das crianças com microcefalia aos serviços de fisioterapia em 13 municípios da Paraíba.
Metodologia Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo, realizado com crianças nascidas a partir de setembro de 2015 na Paraíba, com diagnóstico de microcefalia associada à infecção materna pelo Vírus Zika. A coleta foi realizada entre 26 de junho e 08 de julho de 2017, em 13 municípios da Paraíba, abrangendo as 4 macrorregiões de saúde do Estado. Utilizou-se um questionário elaborado mediante revisão de literatura, cujo conteúdo foi validado por 4 especialistas, aplicado às mães ou cuidadores, visando identificar o acesso aos serviços de Fisioterapia. A pesquisa foi conduzida conforme as diretrizes da Resolução n° 466/12 do CNS.
Resultados Foram coletados dados de 59 crianças. Verificou-se que a maioria (91,5%) foi encaminhada ao serviço de fisioterapia após o diagnóstico; quase a totalidade (98,3%) teve acesso ao tratamento, de modo que, apenas 1 (1,7%) não conseguiu realizar a fisioterapia. Das crianças que tiveram acesso, 4 (6,8%) não estavam em tratamento no momento da entrevista. O início da reabilitação ocorreu em até 12 semanas após o encaminhamento, com frequência do tratamento de 2 a 4 vezes por semana (69,5%), realizado em serviços públicos (98,3%). 50,9% realizavam a fisioterapia no município de residência da família, enquanto que 49,1% tiveram que buscar tratamento em outro município.
Conclusões/Considerações Conclui-se que as crianças com microcefalia estão sob acompanhamento fisioterapêutico na rede pública, possivelmente em decorrência de estratégias adotadas para acolher este público. Porém, o acesso em muitos casos não foi imediato e em outros casos houve a necessidade de deslocamento. Em ambas as situações, os ganhos com a reabilitação pode ficar comprometido, quer seja pela ausência de intervenção precoce ou pela descontinuidade do tratamento.
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