29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29k - Saúde mental e atenção básica - perfis, planejamento, gestão, avaliação e outros |
26771 - OFERTA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: DIFERENÇAS ENTRE MUNICÍPIOS HUGO ANDRÉ DA ROCHA - UFMG, ALANEIR DE FÁTIMA DOS SANTOS - UFMG, ILKA AFONSO REIS - UFMG, MARCOS ANTÔNIO DA CUNHA SANTOS - UFMG, MARIÂNGELA LEAL CHERCHIGLIA - UFMG
Apresentação/Introdução A incorporação de práticas para o cuidado de portadores de sofrimento mental na Atenção Primária à Saúde (APS) é apontada como ponto fundamental para a superação do modelo baseado em hospitalização, tendo como princípio ofertar cuidado de maneira contínua e integral. Para isso é necessário capacitar as equipes de APS e garantir a estrutura necessária para o trabalho das mesmas.
Objetivos Verificar se há diferença na capacidade de ofertar cuidado em saúde mental por equipes de saúde da família participantes do PMAQ-AB de acordo com a estratificação de municípios que considera aspectos socioeconômicos e demográficos.
Metodologia Estudo transversal realizado a partir dos dados do 2º Ciclo do PMAQ-AB, referentes às 30.523 equipes de atenção básica que fizeram adesão ao programa. A coleta de dados ocorreu na fase de avaliação externa do PMAQ-AB no período de 2013-2014. Foi utilizado o Modelo de Resposta Gradual da Teoria da Resposta ao Item (TRI) para a análise dos itens, atribuindo um escore para cada equipe. Definiu-se como construto a ser mensurado a capacidade de uma equipe ofertar cuidados em saúde mental. Foram comparadas as médias dos escores para avaliar diferenças entre as equipes por estratos de municípios. Aprovado pelo COEP/UFMG, registro nº 28.804.
Resultados Os escores variaram entre -2,07 (mínimo) e 1,95 (máximo), média de 0,006 e mediana 0,032. A escala de escores foi dividida em quatro níveis: muito acima da média, acima da média, abaixo da média e muito abaixo da média. O maior percentual de equipes muito acima da média foi verificado no estrato 6 (7,81%) e o menor no estrato 2 (2,5%). No nível muito abaixo da média o menor percentual foi notado no estrato 1 (4,74%) e o maior no estrato 2 (8,28%). Ao comparar as médias dos escores por estratos nota-se diferenças com significância estatística, excetuando-se a comparação entre os estratos 2 e 3, e entre os estratos 4 e 5. As maiores diferenças estão entre o estrato 6 e os demais estratos.
Conclusões/Considerações Os municípios dos estratos 1 e 2 não são elegíveis para a implantação de Centros de Atenção Psicossocial, desse modo, cabe à atenção básica organizar a oferta serviços e ações para promover o cuidado de pessoas com sofrimento mental. Nestes locais é imprescindível garantir que as equipes estejam capacitadas para esses atendimentos, pois, de outra forma os usuários não conseguirão acesso.
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