29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29k - Saúde mental e atenção básica - perfis, planejamento, gestão, avaliação e outros |
23617 - ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NO ATENDIMENTO A PESSOAS QUE UTILIZAM SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ANDERSON LUCIANO NEGREIROS DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, CAROLINE GENEZI VITORIA PEREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LETÍCIA DUTRA CHAVES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, NATHANIELE JANSEN BARBOSA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ORNELLA DA CUNHA CASSALHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, DIOGO HENRIQUE TAVARES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, BEATRIZ FRANCHINI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, CANDIDA SILVEIRA RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Apresentação/Introdução O despreparo do profissional da Atenção Primária em Saúde (APS) no atendimento as pessoas que utilizam Substâncias Psicoativas (SPA) resulta no enfraquecimento do vínculo usuário/serviço. Assim, buscou-se evidenciar como se dá esta realidade, a partir do recorte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas.
Objetivos Evidenciar o despreparo de profissionais da área da saúde frente à abordagem as pessoas que utilizam SPA.
Metodologia Os dados deste trabalho referem-se à pesquisa “Identificação de indicadores para o monitoramento e avaliação de impactos da nova política de regulação do mercado de Cannabis sobre a saúde pública e as práticas e consumo de drogas na zona de fronteira entre Brasil e Uruguai”, desenvolvida pela Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas, com financiamento do Ministério da Justiça. Trata-se de um recorte do estudo qualitativo, descritivo exploratório com profissionais de saúde.
A pesquisa obteve aprovação da Comissão de Ética do IPEA através do Ofício no 013/2015.
Resultados Nas entrevistas, evidenciou-se como ocorria o atendimento as pessoas que utilizam SPA nos serviços de APS. A fala a seguir revela que, o profissional de saúde, não dialoga com a pessoa a respeito do consumo dessas SPA, pois pressupõem que as mesmas não estão disposta a dialogar sobre o uso.
No atendimento, a gente procura não tocar, não falar sobre a questão das drogas. Na maioria dos casos eles usam e é como fumar, é o dia a dia deles, é a rotina. A gente acaba abordando mesmo quando vem relacionado a isso, fora a gente não aborda porque já fazem uso há muito tempo, então a maioria. (Profissional APS)
Conclusões/Considerações Os profissionais carregam seus próprios conceitos e vivencias acerca das pessoas que usam SPA, são resistentes para ofertar outras possibilidades de cuidado, desconsideram as políticas de saúde preconizadas pelo Ministério da Saúde, essas as quais, referem, que toda a rede de serviços do SUS, deve estar preparada para atender as demandas de saúde de tal população.
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