29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29j - Saúde mental e atenção básica - NASF, matriciamento, cuidado e território |
26658 - EXPERIÊNCIA DO ESTÁGIO DE PSICOLOGIA EM ATENÇÃO PRIMÁRIA MARIA ALINE MENDES COSTA - UFC, MAGDA MOURA DE ALMEIDA PORTO - UFC, MYLKLEANY MARTINS DE CASTRO - UFC
Período de Realização A seguinte atividade teve início em Agosto de 2017 e continua em andamento.
Objeto da Experiência Vivência de estudantes de Psicologia em Visitas Domiciliares (VD) realizadas junto à Equipe Multidisciplinar de Unidade de Atenção Primária à Saúde.
Objetivos Relatar a experiência de extensão e estágio de duas estudantes de Psicologia na Atenção Primária à Saúde dentro de um território de alta vulnerabilidade no município de Fortaleza, área de abrangência da Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS) Anastácio Magalhães.
Metodologia Os casos de pacientes/cuidadores com demandas de suporte psicológico foram identificadas através de busca espontânea ou por profissionais da equipe de saúde da família, principalmente os Agentes Comunitários de Saúde. As VD duravam em média de cinquenta minutos, ocorrendo às terças e quartas pela manhã. Os Projetos Terapêuticos Singulares foram discutidos em reunião de equipe, supervisão e através de meios de comunicação on-line.
Resultados A necessidade de suporte psicológico foram identificada para cuidadores de pacientes com Alzheimer e com transtornos psiquiátricos graves. Foram utilizadas as abordagens Junguiana e Psicodrama. Houve melhoras substanciais na qualidade de vida dos usuários. Todos os casos identificados exigiam suporte psicossocial, em que pese a necessidade de maior articulação intersetorial com o serviço social por exemplo, que mesmo tendo sido também acionado, não ofereceu soluções para as demandas.
Análise Crítica Mesmo com extensas tentativas de articulação intersetorial e interdisciplinar, o atendimento psicológico ainda esbarra com dificuldades inerentes ao funcionamento da rede de atenção primária. Falta de comunicação eficiente com pacientes e entre profissionais, pacientes polimedicados, ausência de disponibilidade para atendimento de outros profissionais e especialistas, e o reduzido número de estagiários impediu a extensão do benefício por mais tempo e para mais famílias.
Conclusões e/ou Recomendações O apoio psicológico de modo continuado, e não apenas matricial, mostrou a importância da Psicologia no acompanhamento das famílias de pacientes em cuidados domiciliares. Escuta, vínculo e acolhimento auxiliam o enfrentamento do processo saúde-doença, mesmo quando outras áreas da saúde falham na resolução de demandas. Urge então o desafio de estabelecer um papel permanente do profissional de psicologia dentro das equipes de saúde da família.
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