Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC29j - Saúde mental e atenção básica - NASF, matriciamento, cuidado e território

25896 - SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PRÁTICA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA FAMÍLIA
VANESSA ANDRADE MARTINS PINTO - UFRJ, PAULO AMARANTE - FIOCRUZ

Apresentação/Introdução
Foi realizado um estudo de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso, descritivo-analítico em uma Clínica da Família localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro.


Objetivos
Estudar os sentidos atribuídos pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) acerca do que apreendem como “caso” de saúde mental na população adulta do território de sua responsabilidade


Metodologia
Utilizou-se a técnica de Análise do Discurso como referencial teórico-metodológico, que é uma proposta de reflexão sobre a linguagem, o sujeito, a história e a ideologia.A coleta de dados incluiu dois instrumentos: diário de campo e entrevistas semi-estruturadas. Foram entrevistados vinte e dois (22) profissionais: nove (9) agentes comunitários de saúde (ACS), cinco (5) médicos residentes, três (3) enfermeiros, três (3) técnicos de enfermagem e dois (2) médicos preceptores.


Resultados
As denominações utilizadas pelos médicos preceptores para nomear “caso” de saúde mental se relacionaram, principalmente, ao campo da Medicina de Família e Comunidade. Os médicos residentes utilizaram-se de termos técnicos ou faziam alguma correlação com as categorias nosográficas do campo da psiquiatria. Os enfermeiros também usaram termos técnicos psiquiátricos. Os técnicos de enfermagem trouxeram uma visão do modo asilar, com ênfase na medicação psicotrópica, dependência e tutela da família. Já os agentes comunitários de saúde foram a categoria que menos utilizou termos diagnósticos e trouxe um entendimento mais amplo das várias situações da vida.


Conclusões/Considerações
Mudanças indicativas de transformação da prática clínica foram observadas na Clínica da Família estudada: reunião semanal de equipe com discussão conjunta dos casos; a relação dos profissionais centrada na pessoa e seu núcleo familiar, não na doença; o deslocamento da consulta individual para práticas mais coletivas e desmedicalizantes em grupos.

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