28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC29h - Cuidado em saúde mental - abordagem multiprofissional e formação |
23554 - REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA CLÍNICA EM UMA ENFERMARIA PSIQUIÁTRICA:O PAPEL DO ENFERMEIRO NO LUGAR DE TERAPEUTA
LEONARDO DIAS TEIXEIRA - UNICAMP, ELLEN CRISTINA RICCI - UNICAMP
Período de Realização
Foi realizado no período de 2017 até 2018,durante um ano de permanência em uma enfermaria psiquiátrica.
Objeto da Experiência
A rotina e a clínica em uma Enfermaria Psiquiátrica e mais especificamente, o papel do enfermeiro nesse contexto.
Objetivos
Discutir o papel do enfermeiro na posição de terapeuta nas Enfermarias Psiquiátricas/Saúde Mental em Hospitais Gerais, analisando a compreensão da clínica na Enfermaria Psiquiátrica/Saúde Mental de Hospital Geral.
Metodologia
O presente estudo tem por características o método qualitativo e trata-se de um relato de experiência descritivo e narrativo, construído a partir da vivência adquirida durante a permanência em uma Enfermaria Psiquiátrica de Hospital Geral Universitário, como campo de atuação do 2° ano de Residência Multiprofissional em Saúde Mental.
Resultados
Ser representante do núcleo da enfermagem e estar dentro de uma enfermaria psiquiátrica na posição de residente em saúde mental trouxe uma reflexão indispensável: Como ser um terapeuta, desviando-me dos valores enrijecidos, incorporados essencialmente à prática cotidiana da enfermagem e ao mesmo tempo mantendo-me no núcleo, com a intenção de promover o terapêutico e acima de tudo, sublinhando a escuta, como a ferramenta mais potente para uma construção diária da clínica.
Análise Crítica
A chegada de alguém do núcleo que optou por trilhar um percurso em um sentido “oposto”, trazendo a escuta para a realidade dos prontuários, singularizando os atendimentos e autenticando o discurso do sujeito no contexto da anotação de enfermagem, estabelece um contraponto com o andamento da rotina de trabalho da equipe, que acaba desconsiderando a subjetividade que cada indivíduo traz em sua biografia e que nos apresenta a esse território complexo, que é a clínica.
Conclusões e/ou Recomendações
Compreender a necessidade de que a figura do enfermeiro precisa estar em consonância com a posição do terapeuta e que isso contribui para uma ressignificação do núcleo e um enriquecimento da noção de assistência prestada. Uma vez que é possível “tocar” o sujeito de uma sob um prisma diferente, é possível subverter paradigmas impostos pelo senso comum e ir além de um cuidado remissivo e curativo, olhando para as sutilezas que se refletem na clínica.
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