28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29g - Álcool e Drogas - Cuidado e assistência |
23701 - CONTEXTOS SOCIAIS QUE INTERFEREM DIRETAMENTE NO CUIDADO AOS PACIENTES USUÁRIOS DE SUBSTANCIAS PSICOATIVAS CAROLINE GENEZI VITORIA PEREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ANDERSON LUCIANO NEGREIROS DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LETÍCIA DUTRA CHAVES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, NATHANIELE JANSEN BARBOSA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ORNELLA DA CUNHA CASSALHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, BEATRIZ FRANCHINI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, CÂNDIDA SILVEIRA RODRIGUES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, DIOGO HENRIQUE TAVARES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Período de Realização O presente relato de experiência ocorreu durante o primeiro semestre de 2017.
Objeto da Experiência Atendimento a uma pessoa usuária de substancias psicoativas, realizado na unidade de Pronto Socorro.
Objetivos Acompanhar e refletir acerca das práticas cotidianas de atenção dispensadas as pessoas usuárias de substancias psicoativas no contexto de uma unidade de pronto socorro.
Metodologia Para esse relato descritivo foi utilizado um diário de campo. No mesmo há anotações de todo o atendimento, questionamentos e duvidas em relação à postura dos profissionais. O mesmo advém da experiência da acadêmica da faculdade de enfermagem da Universidade Federal de Pelotas. Sendo essa experiência vivenciada ao longo de seis meses na prática de ensino numa Unidade de Pronto Socorro.
Resultados Foi possível perceber julgamentos antecipados e desnecessários por parte dos profissionais. O atendimento durou cerca de dez minutos, os sinais vitais foram aferidos enquanto o paciente estava contido com ataduras (porque a equipe o julgou perigoso por ser usuário de drogas), não houve questionamento para anamnese e poucas palavras foram ditas, nenhum exame foi solicitado. Após o atendimento o referido sujeito foi encaminhado ao refeitório para realizar uma refeição e logo após teve alta.
Análise Crítica O estigma pode impregnar nessas pessoas de tal forma, que não acreditam ser possível receber um digno atendimento a saúde. Nesse contexto, se a sociedade ignorou e marginalizou esses usuários, é fundamental que na área da saúde eles encontrem acolhimento.
Com este relato, convidamos os profissionais da área da saúde a reavaliarem seus conceitos, pois, o estigma ainda é o maior obstáculo para o acesso dessas pessoas ao sistema único de saúde.
Conclusões e/ou Recomendações Para enfrentar o estigma é preciso falar sobre ele, discutir sobre a politica de drogas na perspectiva da atenção psicossocial e da redução de danos.
Os profissionais precisam ponderar a complexa relação entre o uso de substancias psicoativas e os usuários, na qual o ser humano precisa ser avaliado de forma integral, ainda que essas pessoas façam escolhas sobre o modo de se relacionar com a droga e com as tecnologias de cuidados.
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