27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29e - Estudos epidemiológicos |
24501 - INCIDÊNCIA DE DEPRESSÃO E SEUS DETERMINANTES NA POPULAÇÃO IDOSA, MORADORA DA ZONA URBANA, DO MUNICÍPIO DE BAGÉ/RS PÂMELA MORAES VOLZ - UFPEL, ALITEIA SANTIAGO DILELIO - UFPEL, BRUNO PEREIRA NUNES - UFPEL, KARLA PEREIRA MACHADO - UFPEL, LOURIELE SOARES WACHS - UFPEL, MARIÂNGELA UHLMANN SOARES - UFPEL, MARCIANE KESSLER - UFPEL, MICHELE ROHDE KROLOW - UFPEL, ELAINE THUMÉ - UFPEL, LUIZ AUGUSTO FACCHINI - UFPEL
Apresentação/Introdução A depressão é um distúrbio afetivo, de natureza multifatorial, caracterizado de forma geral por tristeza, perda de interesse ou prazer, sentimentos de culpa ou baixa autoestima, distúrbios do sono ou do apetite, sensação de cansaço, dificuldade cognitiva e alterações comportamentais. Ela é um relevante problema de saúde pública, sendo a principal causa de incapacidade física e mental no mundo.
Objetivos Avaliar a incidência cumulativa de depressão e seus potenciais determinantes na população idosa residente na zona urbana do município de Bagé, Rio Grande do Sul (RS).
Metodologia Estudo longitudinal em que foram entrevistados 615 idosos, moradores da zona urbana do município de Bagé/RS, entre 2008 e 2016/17. A medida de seguimento (T2) foi realizada 9 anos após a primeira entrevista (T1). Para analisar os fatores associados, variáveis da linha de base foram utilizadas na regressão de Poisson com estimativas robustas de variância, com cálculo de razões de incidência bruta e IC95%. Os sintomas da depressão foram avaliados pela Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15). Os dados coletados foram processados no programa Stata versão 12.
Resultados A incidência de depressão entre os idosos de Bagé foi de 10,0% (IC95% 8,0-13,2. Na análise bruta, os resultados demonstraram que pertencer às classes C (OR=2,13; IC95% 1,01-4,55) e D/E (OR=3,1; IC95% 1,44-6,28), consultar algum médico nos três meses que antecederam a entrevista (OR=1,81; IC95% 1,03-3,20) e receber diagnóstico de doença no aparelho respiratório (OR=2,84; IC95% 1,43-5,67) estavam significativamente associadas á incidência de depressão. Além disso, quanto maior é o grau de escolaridade (OR 0,27; IC95% 0,11-0,67 – 8 anos ou mais) e quanto maior o número de vezes que o idoso sai de casa durante a semana (OR 0,41; IC95% 0,22-0,76 – 2 a 4 vezes) menor a chance dos idosos desenvolverem a morbidade.
Conclusões/Considerações Este foi o primeiro estudo desenvolvido no RS que avaliou a incidência de depressão na população idosa. A taxa incidência é representativa desta população e fornece subsídios para o desenvolvimento de intervenções pautadas na identificação precoce e prevenção do agravamento de sintomas depressivos nos idosos. O resultado também reflete a necessidade da realização de mais estudos sobre essa temática no Brasil.
|

|