27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29e - Estudos epidemiológicos |
23788 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRANSTORNOS MENTAIS RELACIONADOS AO TRABALHO NO BRASIL, 2007 A 2016 TANIA MARIA DE ARAUJO - UEFS, MARIANA DE CASTRO BRANDÃO CARDOSO - UEFS, TARCISO DE FIGUEIREDO PALMA - UEFS, JORGE MESQUITA HUET MACHADO - FIOCRUZ, PALOMA DE SOUSA PINHO FREITAS - UEFS, NATÁLIA DO CARMO ARAÚJO - UEFS
Apresentação/Introdução Para a minimização dos riscos à saúde do trabalhador é fundamental o monitoramento das características de seu trabalho. No Brasil, os TMRT são responsáveis por parcela significativa de absenteísmo no trabalho, podendo agravar-se, diante do panorama político atual. Conhecer o quadro epidemiológico destes agravos é fundamental para a formação de estratégias que apoiem as ações da VISAT.
Objetivos Descrever o quadro epidemiológico dos Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho (TMRT) no Brasil, de 2007 à 2017, com a finalidade de subsidiar a formação de estratégias que alicercem as ações da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT).
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo com dados secundários. Foram incluídos todos os casos de TMRT notificados no Brasil, no período de 2007 a 2016. O banco de dados utilizado no presente estudo foi extraído do SINAN, disponibilizado no sítio eletrônico do Centro Colaborador da Vigilância aos Agravos à Saúde do Trabalhador o trabalhador do Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador. Os dados do site foram atualizados em maio de 2017 e a coleta de dados foi realizada em agosto deste mesmo ano. Neste estudo foram utilizadas as seguintes variáveis: ano, região do país e unidades de saúde notificadora.
Resultados Entre 2006 a 2016, foram notificados no SINAN 6.601 casos de TMRT. Quanto às notificações por região, a Sudeste e Nordeste juntas, correspondem a 83,4% dos registros. O Piauí não apresentou nenhuma notificação; Acre e Amapá apenas um caso e Roraima cinco, em todo o período. Com relação à unidade notificadora dos casos, a maioria, 75,79% das notificações foram realizadas pelos CEREST, seguido pelos serviços da Atenção Básica (9,77%), RAPs (6,41%) e serviços de urgência e emergência (4,73%). Tal distribuição se repete quando estratificada por regiões, com proporções entre 80% de notificação pelos CEREST nas regiões Sudeste e Nordeste e nas outras regiões apresentando proporções entre 40%.
Conclusões/Considerações O enfrentamento do problema perpassa as etapas de identificação e notificação dos casos, que, de fato, precisam de maior atenção. Engloba uma perspectiva formadora de todos os atores envolvidos e a ampliação da discussão no sentido da prevenção e promoção da saúde, visando promover transformação, dirimindo ou, idealmente, findando os processos nocivos à saúde do trabalhador, que permanecem contribuindo com a ampliação deste quadro epidemiológico.
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