27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC29b - Medicalização |
26029 - EXPERIÊNCIAS COM A GESTÃO AUTÔNOMA DE MEDICAMENTOS
LORAINE OLTMANN DE OLIVEIRA - UFPR, STEPHANIE MELISSA SIU LÓ - UFPR, LIZ TOMI HARTKOFF MATSUNE - UFPR, WANDERLÉIA SYDOR - UFPR, DEIVISSON VIANNA DANTAS DOS SANTOS - UFPR, VICTOR GOMES RAMALHO - UFPR, THIAGO AUGUSTO DA SILVA - UFPR, CAROLINE DE AZEVEDO LEVINO - UFPR, ISABELLA RENATA DOS SANTOS - UFPR
Período de Realização
Novembro de 2017 à fevereiro 2018.
Objeto da Experiência
Grupo de Gestão Autônoma da Medicação.
Objetivos
Descrever as experiências com a gestão autônoma de medicamentos realizada em um CAPS de Curitiba.
Metodologia
Os técnicos de referência da unidade selecionaram os participantes para o grupo GAM. Os usuários selecionados apresentavam questões como abuso ou irregularidade no uso da medicação. O grupo compreendeu o período de novembro de 2017 à fevereiro 2018, realizado uma vez por semana, com duração aproximada de 1h30min cada encontro. No grupo foi utilizado um guia da GAM adaptado para o Brasil como ferramenta para promover a autonomia e compreensão do usuário sobre seu tratamento.
Resultados
Alguns participantes do grupo não compreendiam o motivo pelo qual utilizam a medicação e outros utilizavam de forma irregular. O grupo GAM foi importante para os usuários compreenderem tanto o papel do medicamento no tratamento, assim como o empoderamento do sujeito no tratamento. Foi pontuado pelos o tratamento envolve também a vontade de mudança, atitude, conhecimento de si mesmo. O grupo GAM foi um espaço de diálogo e compartilhamento de experiências entre usuários e profissionais.
Análise Crítica
Historicamente os usuários em serviços de saúde mental ficam em uma postura passiva com relação à seu tratamento e principalmente com a medicação. As experiências compartilhadas no grupo visam o aumento da compreensão dos usuários na negociação em relação ao seu tratamento junto à equipe que o acompanha. Após alguns encontros os usuários passaram a observar seus padrões de uso da medicação e suas consequências.
Conclusões e/ou Recomendações
O grupo possibilitou melhora na autonomia dos usuários do CAPS. Funcionou também como suporte em momentos de crise, possibilitou a horizontalidade na relação com os participantes e revelou a importância da desconstrução do papel do especialista e reforçador de condutas medicalizantes. Notou-se que a medicação funcionava como anteparo emocional e psíquico imediato – porém há também a necessidade de buscar outras alternativas de cuidado.
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