27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29b - Medicalização |
22448 - DEPENDÊNCIA DE CAFEÍNA E ASSOCIAÇÕES COM CONDIÇÕES DE SAÚDE E HÁBITOS DE VIDA EM PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO, LONDRINA-PR JULIANA MARIANO MASSUIA VIZOTO - UEL/IFPR, SELMA MAFFEI DE ANDRADE - UEL, ARTHUR EUMANN MESAS - UEL, ALBERTO DURÁN GONZÁLEZ - UEL
Apresentação/Introdução A cafeína é a droga psicoativa mais usada no mundo com prevalência de 80% de consumo regular. Trata-se de um estimulante de baixo custo, uso legal e que é encontrado em vários tipos de alimentos e medicamentos. O consumo é seguro em doses dietéticas normais, porém a ingestão excessiva pode levar a consequências psicológicas e físicas negativas, incluindo a dependência.
Objetivos Estimar a prevalência de dependência de cafeína e verificar associações com condições de saúde e hábitos de vida em professores da rede estadual de ensino, Londrina-PR.
Metodologia Estudo transversal aninhado em um projeto longitudinal (Pró-Mestre). A população foi composta por professores do ensino básico da rede estadual de Londrina-PR. Foram selecionados professores de escolas com maior número de professores que haviam sido entrevistados no estudo de base do projeto. O instrumento foi elaborado com base no DSM 5 que define dependência de cafeína pelo uso continuado apesar de efeitos nocivos ligados ao uso; desejo persistente/fracasso em controlar ou parar o uso; e sintomas de abstinência ou consumo para evitar os sintomas da abstinência. Os dados foram coletados entre agosto de 2014 e abril de 2015 e analisados no programa SPSS (versão 23).
Resultados Dos 591 professores elegíveis (estudo de base), 101 foram excluídos e 60 configuraram perdas, totalizando 430 professores. A maioria (83,3%) dos participantes consumia cafeína regularmente, sendo que mais da metade de forma moderada (51,9%). A prevalência de dependência de cafeína foi de 5,6%. Não houve associação com sexo, idade, IMC, hipertensão, atividade física, tabagismo ou consumo de bebidas alcoólicas. Entretanto, houve associação (p<0,05) com saúde percebida regular/ruim, ansiedade, depressão severa, dificuldades para adormecer, qualidade de sono ruim e uso de medicamentos para dormir.
Conclusões/Considerações O consumo de cafeína é elevado entre os professores, mas a prevalência de dependência mostrou-se baixa. A dependência de cafeína tem sido pouco estudada e professores poderiam estar mais expostos a possíveis efeitos deletérios. Apesar de outros estudos serem necessários, este aponta a relação do consumo com depressão e ansiedade, assim como a problemas relacionados ao sono o que pode indicar comportamento de risco/abuso para outras substâncias.
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