27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29a - Álcool e Drogas - perfis, associações e comorbidades / Álcool e Drogas - Tabagismo |
28820 - INGESTÃO DE BEBIDA ALCÓOLICA ASSOCIADA À DEMÊNCIA EM IDOSOS DE FLORIANÓPOLIS - SC: ESTUDO EPIFLORIPA IDOSO LARISSA PRUNER MARQUES - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, THAMARA HÜBLER FIGUEIRÓ - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, SUSANA CARARO CONFORTIN - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, FÁTIMA BÜCHELE ASSIS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, ELEONORA D’ORSI - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Apresentação/Introdução A demência é uma condição cuja prevalência vem aumentando nos últimos anos. Estima-se que 50 milhões de pessoas vivem com demência no mundo, e é considerada a sétima causa de morte. O aumento da idade é considerado um fator de risco para a demência, contudo, não faz parte do processo de envelhecimento, e diversos outros fatores contribuem para o desenvolvimento da doença.
Objetivos Investigar a associação entre demência e ingestão de bebida alcóolica em idosos de Florianópolis/SC, Estudo EpiFloripa Idoso.
Metodologia Estudo transversal, de base populacional, com 1.197 idosos (≥60 anos) em 2013/2014. Demência foi considerada presença simultânea de déficit cognitivo (Miniexame do Estado Mental) e a incapacidade funcional moderada/grave nas atividades de vida diária (Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional Multidimensional). A variável independente, ingestão de bebida alcoólica (AUDIT) foi categorizada em não consumidor, consumo não abusivo e abusivo. Utilizou-se a regressão logística bruta e ajustada: idade, escolaridade, renda, sintomas depressivos, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, atividade física no lazer e escala geriátrica de depressão para investigar associação.
Resultados A amostra analítica foi de 1.178 idosos, e a prevalência estimada de demência foi de 24,7%. Após ajustes a demência foi associada a ingestão de bebida alcóolica, sendo que os idosos que ingeriam álcool de forma não abusiva e de forma abusiva, apresentaram 82,0% (OR: 0,19; IC95%: 0,08-0,42) e 84,0% (OR: 0,16; IC95%: 0,06-0,46) menor chance de ter demência, comparado aos idosos que não consomem.
Conclusões/Considerações O consumo não abusivo e abusivo de álcool entre idosos associou-se à menores chances de demência. O álcool pode proteger o tecido cerebral, uma vez que eleva a lipoproteína de alta densidade, reduz a lipoproteína de baixa densidade, tem efeitos anti-inflamatórios e pode promover vínculos sociais. A associação pode ser também pelo baixo padrão de uso (quantidade e frequência), o que reforça cautela na análise do consumo entre os idosos.
|