27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC29a - Álcool e Drogas - perfis, associações e comorbidades / Álcool e Drogas - Tabagismo |
25158 - TRAUMATISMO DENTÁRIO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS EM “BINGE” E FATORES RELACIONADOS: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO JESSICA WALEWSKA RODRIGUES DA SILVA - UFMG, PATRÍCIA MARIA PEREIRA DE ARAÚJO ZARZAR - UFMG, LÍVIA GUIMARÃES ZINA - UFMG, MARIANA OLIVEIRA GUIMARÃES - UFMG, RAQUEL CONCEIÇÃO FERREIRA - UFMG, EFIGÊNIA FERREIRA E FERREIRA - UFMG
Apresentação/Introdução O consumo em “binge” de bebidas alcoólicas é definido como o consumo de cinco doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião. Este consumo na adolescência confere ao indivíduo maior vulnerabilidade à intoxicação, violência, quedas e traumatismos. Estudos que avaliem a associação entre traumatismos dentários e consumo em “binge” de bebidas alcoólicas são poucos e sem consenso na literatura.
Objetivos Avaliar a frequência de traumatismo alveolodentário (TD) e sua associação com o consumo de bebidas alcoólicas em “binge” e condição socioeconômica entre adolescentes de 10 a 12 anos, em escolas públicas de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Metodologia Estudo exploratório com 226 adolescentes matriculados em escolas públicas de Belo Horizonte do 5° ao 7° ano. Os dados clínicos foram coletados por meio de exame bucal por profissionais calibrados. A prevalência do consumo de bebidas alcoólicas em “binge” foi avaliada pelo Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso do Álcool (AUDIT-C), instrumento validado e aplicado em adolescentes. A condição socioeconômica foi avaliada através das variáveis: renda familiar, escolaridade da mãe e índice de vulnerabilidade social (IVS). A análise estatística foi descritiva e univariada realizada no programa SPSS 21.0 utilizando teste do qui-quadrado (P < 0.05).
Resultados Do total de 226 alunos, 120 (53,1%) eram do sexo feminino e a média de idade pesquisada foi 11,74. A frequência do traumatismo alveolodentário foi de 47,5%. O consumo em “binge” no último mês foi relatado por 29 (12,8%) escolares. O TD não esteve associado com o consumo em “binge” de bebidas alcoólicas por adolescentes no último mês (p=0,377), muito menos com sexo (p=0,513) ou com a escolaridade materna (p=0,763). Adolescentes com faixa etária entre 10 a 11 anos (p=0,016), menor renda familiar (p=0,003) e maior vulnerabilidade social (p=0,054) apresentaram maior frequência de traumatismos alveolodentários.
Conclusões/Considerações Não foi observada associação significativa entre TD e consumo de bebida alcoólica em “binge”, contudo foi identificado um alto consumo de “binge” em adolescentes com média de idade inferior a 12 anos e uma alta frequência de TD. Esses dados revelam a precocidade do consumo de bebidas alcoólicas e sugerem mais investimentos em ações para melhorar o enfrentamento e prevenção do uso abusivo de bebidas alcoólicas e do TD em adolescentes escolares.
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