28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO29s - Dimensão jurídico-política |
27353 - RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE DESINSTITUCIONALIZAÇÃO DE EGRESSOS DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO NO ESTADO DO PARANÁ REJANE CRISTINA TEIXEIRA TABUTI - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, FLÁVIA CAROLINE FIGEL - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, MARISTELA COSTA SOUSA - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, JÚLIA ELIANE MURTA - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, SUELEN LETÍCIA GONÇALO - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, ANDRESSA FERREIRA DE BRITO - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, DÉBORA MARIA MENDONÇA DA CUNHA - SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, LARISSA SAYURI YAMAGUCHI - SECRETARIA ESTADUAL DA FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL, PRISCILA LOPES DE OLIVEIRA - SECRETARIA ESTADUAL DA FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL, LUCIANE TALINE COSTA - SECRETARIA ESTADUAL DA FAMÍLIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Período de Realização Janeiro de 2017 até fevereiro de 2018.
Objeto da Experiência O processo de desinstitucionalização dos egressos de um Hospital de Custódia e Tratamento do Estado do Paraná.
Objetivos Descrever a experiência de uma equipe multiprofissional enquanto articulação intersetorial entre os sistemas de saúde e assistência social visando a reinserção social de usuários com medida de segurança levantada.
Metodologia A organização das ações contou com a participação de técnicos da Coordenação Estadual de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde e da área de Proteção Social Especial da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social. Foi elaborado um formulário que reunisse os dados necessários para uma pré-avaliação da situação a ser encontrada. A equipe se reuniu quinzenalmente para a entrevista dos usuários e discussão dos casos, buscando definir o local mais adequado para o seu acolhimento.
Resultados Esta proposta de trabalho intersetorial qualificou as informações referentes ao histórico dos usuários, além de proporcionar a escuta, na qual alguns relataram o desejo de retornar ao município de origem citando os vínculos que ainda estavam vivos em suas memórias. O movimento iniciado nos níveis centrais capilarizou-se para as estruturas locais de saúde e assistência social formando uma rede de apoio à reinserção social desses indivíduos.
Análise Crítica Observamos que os profissionais do Hospital de Custódia e Tratamento apresentam incongruências entre cuidar, tratar e custodiar, o que compromete a assistência prestada, muitas vezes colaborando para a cronificação dos transtornos mentais dos usuários. Verificamos a ausência de efetiva manutenção ou retomada de vínculos familiares, bem como o descuido no que se refere à garantia de cidadania, refletida, por exemplo, na falta de providências na confecção de documentos pessoais.
Conclusões e/ou Recomendações O cotidiano do trabalho nos despertou inquietudes ao nos depararmos com a situação de uma senhora que há 25 anos fazia dos corredores do hospital os cômodos de sua casa. A atividade necessita de continuidade, incluindo o censo dos usuários com medida de segurança, abordando questões jurídicas, clínicas e sociais para conhecimento de suas necessidades e elaboração de estratégias que garantam o cuidado em saúde mental e a reinserção social.
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