28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO29r - Reabilitação psicossocial e recovery |
23801 - EMPODERAMENTO E RECOVERY EM UM ESTUDO DE UM GRUPO DE AJUDA E SUPORTE MÚTUOS EM SAÚDE MENTAL NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO-RJ ANGELA PEREIRA FIGUEIREDO - UERJ
Apresentação/Introdução Considerando a realidade das nossas práticas de saúde mental e de reforma psiquiátrica, seus limites e desafios, a pesquisa visa contribuir para os avanços no campo, priorizando as experiências brasileiras de protagonismo de usuários (as) dos serviços, tal como os grupos de ajuda e suporte mútuos, dispositivos de cuidado que consistem em importantes estratégias de recovery e de empoderamento.
Objetivos O objetivo principal do trabalho é descrever e analisar as experiências dos usuários e das usuárias participantes de um grupo de ajuda e suporte mútuos em saúde mental no Rio de Janeiro, associadas aos seus processos de recovery e de empoderamento.
Metodologia Foi escolhido como método a pesquisa participante com os usuários e as usuárias do grupo de ajuda e suporte mútuos do Projeto Transversões da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para analisar os processos de recovery e de empoderamento no dispositivo grupal em foco, foi feita contextualização da nossa realidade de reforma psiquiátrica e de como se deu o engajamento de usuárias e usuários, a fim de situar os processos na realidade brasileira de saúde mental. Para a análise do material empírico produzido a partir do diário de campo, a prática dos grupos de ajuda e suporte mútuos foi relacionada aos processos de recovery e de empoderamento de seus participantes.
Resultados A partir da pesquisa participante com os usuários e as usuárias participantes do grupo, foram discutidos os desafios e efeitos do grupo para os seus processos de protagonismo, empoderamento e recovery, de um modo geral, como o grupo contribui para a lida com as suas questões de vida cotidiana e como dialoga com a nossa rede de atenção psicossocial e com seus atores. Foram abordadas as questões mais gerais sobre o funcionamento do grupo, os temas e as questões da vida cotidiana levadas ao grupo, as questões relacionadas ao trabalho, as iniciativas de suporte mútuo, a relação com os serviços de saúde mental e o SUS, bem como a relação com evidências e indicadores de efetividade dos grupos.
Conclusões/Considerações Em um momento em que vivenciamos fortes ameaças à democracia e à sustentabilidade de práticas na reforma psiquiátrica, considera-se importante incentivar iniciativas que subsidiem o protagonismo de usuários e usuárias e a defesa de seus direitos de cidadãos na sociedade. Buscou-se, a partir da experiência dos grupos de ajuda e suporte mútuos, realizar algumas recomendações e sugestões para a política de saúde mental e para o SUS, de modo geral.
|