27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO29l - Discussão teórico-metodológica |
21522 - RECOVERY: INSTRUMENTOS PARA SUA AFERIÇÃO NA REALIDADE BRASILEIRA ÉLLEN CRISTINA RICCI - UNICAMP, MARIANA BARBOSA PEREIRA - UNICAMP, LEIDY J. ERAZO CHAVEZ - UNICAMP, ROSANA TERESA ONOCKO CAMPOS - UNICAMP, EROTILDES MARIA LEAL - UNICAMP, EHIDEE GOMEZ LA ROTTA - UNICAMP
Apresentação/Introdução O conceito de recovery tradicionalmente é usado na cultura anglo-saxã na área de saúde mental, mas pouco difundido no Brasil, no qual a tradição da Reforma Psiquiátrica apoia-se no conceito de Reabilitação Psicossocial . No entanto, a associação entre os dois conceitos, suas semelhanças e diferenças tem sido discutida também no Brasil
Objetivos Traduzir e adaptar o instrumento Recovery Self-Assessment (RSA-R), desenvolvido no Program for Recovery and Community Health (Universidade de Yale) em serviços territoriais de saúde mental no município de Campinas.
Metodologia Método qualitativo para a adaptação transcultural e validação do instrumento (RSA-R) versões (usuário, familiar, trabalhador e gestor) para o português – Br, seguindo os passos de tradução, retrotradução, revisão da retrotradução, harmonização, avaliação por especialistas, grupos focais e piloto. Apresentamos a versão final após o processo de adaptação transcultural qualitativa, que contou com a participação dos grupos de interesse (stakeholders), professores de Educação Popular e de Jovens e Adultos e entrevistas de sondagem, que fortaleceram o processo metodológico em busca da adaptação mais coerente com a realidade e mantendo o diálogo com a versão original.
Resultados O instrumento estimula a avaliação de recovery pelos próprios usuários, familiares, trabalhadores e gestores. Trata-se de uma ferramenta de autoanálise, na medida em que se divide em quatro versões direcionadas para os grupos de interesse. Objetiva avaliar o grau em que programas e serviços de saúde implementam práticas voltadas para o processo de recovery. O instrumento demonstrou boa adaptação após as etapas do piloto, contudo na versão de usuários e familiares foi necessário a adaptação para entrevistas, não sendo mais autoaplicável pelo nível de escolaridade da população-alvo e evitam exclusões das pessoas no processo avaliativo dos serviços.
Conclusões/Considerações Ter um instrumento que avalie a orientação dos serviços de saúde mental para práticas de recovery no Brasil, reconhecendo e valorizando a experiência dos atores envolvidos, contribuindo para a construção de tratamentos sensíveis aos processos de recovery em serviços comunitários, buscando fortalecer as Políticas Públicas de Saúde Mental através de processos avaliativos.
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