Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO29j - Loucura e Cidadania (arte, cultura, militância e economia solidária) - Sessão 2

25918 - OUVIDORES DE VOZES: RELAÇÕES COM AS VOZES E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
LUIZA HENCES DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, LUCIANE PRADO KANTORSKI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, MARIA LAURA DE OLIVEIRA COUTO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, TAÍS ALVES FARIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, THYLIA TEIXEIRA SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS


Período de Realização
O presente relato refere-se a experiência vivenciada de 17 de fevereiro até 7 de abril de 2017.


Objeto da Experiência
A Entrevista Estruturada de Maastricht foi utilizada para coletar os relatos dos ouvidores de vozes para embasar teoricamente o presente estudo.


Objetivos
O presente estudo objetiva analisar as relações que os ouvidores estabelecem com as suas vozes e identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por eles no cotidiano.


Metodologia
Trata-se de um estudo baseado em seminário sobre ouvidores de vozes, ofertado pela Faculdade de Enfermagem/UFPel para profissionais de saúde, ouvidores de vozes e acadêmicos. O curso propôs a aplicação da Entrevista Estruturada de Maastricht em ouvidores de vozes. Foram realizadas oito entrevistas, gravadas e transcritas. O seminário integra o projeto de pesquisa “Ouvidores de Vozes”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFPel, sob o parecer nº 844/855 de 2014.


Resultados
Das oito entrevistas realizadas seis foram com ouvidores que frequentavam serviços de saúde mental, e duas com ouvidores que não eram acompanhados pelos serviços, cinco eram mulheres, e três homens, com idade entre 40 e 55 anos. Quando questionados a respeito do disparador das escutas das vozes os ouvidores mencionam sentimentos como cansaço, insegurança, medo, raiva e solidão. Quanto ao tipo de voz que escuta, se positiva, negativa ou neutra, a predominância nos relatos são de vozes negativas.


Análise Crítica
Atualmente sabe-se que a escuta de vozes não está necessariamente relacionada a um diagnóstico psiquiátrico. A experiência do ouvidor deve ser focada na sua relação com as vozes, e no modo como isso afeta seu cotidiano, para isso é preciso conhecer as vozes. A Entrevista Estruturada de Maastricht propõe identificar o número de vozes, o que provoca o aparecimento delas, etc. Dentre as estratégias para lidar com as vozes estão dialogar com elas e participar de grupos de ouvidores.


Conclusões e/ou Recomendações
As vozes além de serem disparadas por situações traumáticas, refletem a realidade vivenciada pelo ouvidor, como pode ser evidenciado pelo presente estudo, que trouxe como resultado relatos de relações positivas e negativas dos ouvidores. Para superar a fase da surpresa e a negação é necessário entender as vozes como parte do indivíduo, reconhecendo essa experiência como real e buscando conhecer estratégias de enfrentamento.

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