27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO29i - Cuidado em saúde mental (sessão 1) |
25659 - ATENÇÃO AMBULATORIAL EM SAÚDE MENTAL PARA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO CONTEXTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA CATARINA PRADO SAKAI - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, DARCI NEVES SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Apresentação/Introdução Os ambulatórios especializados em saúde mental, estiveram ausentes nas diretrizes políticas em saúde mental dos últimos anos, porém, as Policlínicas, Centros de Saúde, Ambulatórios em Hospitais, etc., seguem assistindo uma parcela significativa da população infanto-juvenil. O volume de atendimentos e o perfil da clientela assistida devem ser reconhecidos para problematização deste dispositivo.
Objetivos Caracterizar a atenção ambulatorial em saúde mental para infância e adolescência na Bahia, descrevendo o perfil sociodemográfico e nosológico dos atendimentos realizados entre os anos de 2008 e 2016.
Metodologia Trata-se de um estudo ecológico longitudinal. Foram observados os registros de atenção ambulatorial em saúde mental de crianças e adolescentes, no período de 2008 a 2016 na Bahia. Os dados coletados corresponderam às características das unidades de saúde e dos atendimentos, obtidos através do Sistema de Informações Ambulatoriais – SIA/SUS, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES e informações sociodemográficas disponibilizados pelo IBGE. Os dados do SIA/SUS foram obtidos através dos Arquivos de Procedimentos Ambulatoriais, que processam dados individualizados do atendimento sobre procedimentos realizados, diagnóstico (CID 10), idade, sexo, raça e endereço do paciente.
Resultados 325 estabelecimentos registraram atendimentos à menores de 19 anos com diagnóstico de Transtornos Mentais e Comportamentais (CID 10) entre os anos de 2008 a 2016 na Bahia. Os Centros de Especialidades foram maioria (33,23%) seguidos dos ambulatórios em funcionamento nos hospitais (20,54%) e UBSs (7,52%). Foram observados um total de 2.002.465 registros, entre os quais os Centros de Especialidades foram responsáveis por 75,15%. Com relação ao perfil nosológico, os Transtornos do Desenvolvimento Psicológico lideraram com 55,37%. Os Transtornos devido ao uso de SPA totalizaram apenas 270 casos. Os atendimentos Clínicos foram o procedimento mais executado, com 97,83%.
Conclusões/Considerações Quando se buscam pesquisas relevantes em Atenção Especializada, encontram-se poucos trabalhos, além disso o SAI/SUS apresenta fragilidades importantes. O cuidado em saúde mental infanto-juvenil é complexo e envolve interação com a família, além do fato de a criança circular por diferentes instituições sociais (escola, justiça, assistência social). Isto impõe flexibilidade para as intervenções junto à esta população na prática ambulatorial.
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