26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO29d - Gestão em serviços de saúde mental/ RAPS |
27682 - GESTÃO COMPARTILHADA COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO PARA O CUIDADO EM REDE: UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO EM SAÚDE MENTAL FABRÍCIA DE SOUZA TAVARES - PREFEITURA MUNICIPAL DE CLÁUDIO-MG
Período de Realização Início 1º semestre de 2014 ao fim do 1º semestre de 2015, aproximadamente 18 meses.
Objeto da Experiência Gestão compartilhada, instrumento da Coord. Municipal de Saúde Mental (CSM) na transformação da Atenção em Saúde Mental Infantojuvenil de Cláudio-MG.
Objetivos Gerir o processo de transformação da atenção em Saúde Mental infantojuvenil (SMi) realizada estritamente em ambulatório – prática pouco resolutiva e distante do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) – utilizando a gestão compartilhada como meio potente de estimular o trabalho e cuidado em rede.
Metodologia Em forma de cogestão, foram realizadas reuniões com equipes da RAPS, rede intersetorial, gestão de Saúde e da Atenção Básica (AB), encontros com usuários, familiares e outros atores sociais, espaços em que se apresentou o problema e as consequências de uma SMi estritamente ambulatorial, refletiu-se sobre a origem desse modelo de atenção, apontou-se e debateu-se a direção do trabalho e cuidado em rede e foram construídas soluções em conjunto para atingir o objetivo de melhorar a SMi do município.
Resultados A AB passou a se responsabilizar pela prevenção de SMi através das ESF e NASF; CAPS 1 passou a atender urgências e emergências de SM de todas as idades; CAPS e NASF iniciaram apoio matricial nas ESF; transformação do ambulatório de SMi em cuidado em rede; amadurecimento da Rede Intersetorial sobre SMi e realização do Fórum da Juventude que envolveu trabalhadores, familiares e o público infantojuvenil na elaboração de propostas de melhorias nas políticas públicas para crianças e adolescentes.
Análise Crítica A gestão compartilhada é um modo de gestão participativa ou cogestão apresentada pela Humaniza SUS (BRASIL, 2009), que inclui novos sujeitos nos processos de gestão. Essa foi a forma possível do ponto de vista da CSM ao analisar o grau de governabilidade que tinha para realizar a intervenção sobre a SMi do município. E foi assim, apostando na construção coletiva, onde quem executa também participa do planejamento, que se atingiu o objetivo e impactou o território de forma sustentável e exitosa.
Conclusões e/ou Recomendações A produção do cuidado em SMi ao ser realizado em rede se aproximou do que preconiza o MS. Além disso, esse processo propiciou movimentos de transformações intra e intersetoriais. Conclui-se que a gestão compartilhada estimula o terreno fértil do trabalho em rede. Ao passo que profissionais protagonizam a produção do cuidado e participam da gestão sendo o gestor de seu processo de trabalho, a rede mostra grande potência transformadora.
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