26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO29d - Gestão em serviços de saúde mental/ RAPS |
24824 - FORTALECIMENTO DA RAPS DURANTE A EXPERIÊNCIA DA CRISE: ARTICULAÇÃO ENTRE HOSPITAL GERAL, OS CAPS E A REDE CECÍLIA DAS NEVES ASSUMPÇÃO - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, PAULA PAVAN ANTONIO - PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, JESSICA MOLINA SOUZA - HOSPITAL MUNICIPAL BENEDITO MONTENEGRO, GIULIANNO R. CAPATTI - HOSPITAL MUNICIPAL BENEDITO MONTENEGRO
Período de Realização Desde o segundo semestre de 2015 até os dias de hoje.
Objeto da Experiência Articulação de rede entre os CAPS e Hospital através de reunião com coordenadores da enfermaria de psiquiatria, serviços e gestão municipal.
Objetivos Estabelecer reuniões semanais entre o HMBM e os CAPS de referência, com objetivo de fortalecer a RAPS local através da discussão dos casos, atuando conjuntamente durante a experiência da crise a fim de minimizar os impactos da internação e construir conjuntamente os PTSs dos usuários internados.
Metodologia Desde 2013, vinha sendo instituída a RAPS na cidade, com reativação da discussão do papel dos CAPS e dos Hospitais Gerais dentro da rede. O HMBM é referência para emergências psiquiátricas para um território de dois milhões de habitantes, recebendo a demanda de forma desarticulada e caótica, o que evidenciou a necessidade de aproximação com a rede. Assim, a reunião ocorre semanalmente para discussão de casos, fluxos, temas relevantes, dificuldades e potencialidades do trabalho em rede.
Resultados Aproximação entre os serviços e compreensão do trabalho realizado “pelo outro”, estabelecimento de fluxos e protocolos em saúde mental na região. Participação da equipe dos CAPS por meio de visitas e atendimentos durante a internação, possibilitando continuidade do cuidado e do vínculo, com a alta discutida e definida entre os pares. Estreitamento da relação do Hospital com os CAPS III do território, fortalecendo o processo de alta para os usuários com maior gravidade e fragilidade.
Análise Crítica Esta experiência de co-responsabilização tem propiciado nova forma de cuidado compartilhado, desfazendo o estranhamento tão frequente entre equipes do Hospital e da Atenção Básica. Torna-se imprescindível o apoio de equipes parceiras como a direção do Hospital e da SMS nos diferentes níveis e articulação com o SAMU, Autarquia, gestores que ainda não conhecem a articulação, inclusive dentro dos próprios serviços. O investimento para manter a rede sempre ativa é responsabilidade de todos.
Conclusões e/ou Recomendações A articulação semanal de rede estreitou a parceria entre Hospital, CAPS e gestores locais e proporcionou cuidado humanizado e integral ao usuário em crise. Espaços como este fortalecem o SUS e a RAPS, indicando a potência do cuidado na crise quando realizado em rede, em leitos de Hospital Geral com parceria dos CAPS e a RAPS instituída. Colocam-se os desafios de manter aquecida esta rede e de atuar conjuntamente na formulação destes fluxos.
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