29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10g - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
23309 - RELIGIOSIDADE E PERCEPÇÃO DE SAÚDE ENTRE IDOSOS OCTOGENÁRIOS: ESTUDO AGEQOL LINO AFONSO CANELAS - SAUDE COLETIVA - UNIFESSPA, AGATHA YASMIN DE SOUSA ARAUJO - FACEEL - UNIFESSPA, MAYLON SIVALCLEY DA COSTA ROCHA - FACEEL - UNIFESSPA, HANDYLA MARIA ALMEIDA DE OLIVEIRA - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, NAYARA MOTA DE JESUS - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, ERIANE SOUSA SOARES - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, JOCIELE OLIVEIRA ROSA - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, LUANA FERREIRA GONCALVES PEREIRA GOMES - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, EMANUELLE HELENA SANTOS COSSOLOSSO - IESB - UNIFESSPA
Apresentação/Introdução A religiosidade é um fator importante para adoção de práticas mais saudáveis e o enfrentamento de eventos adversos, podendo contribuir para a compreensão das diferenças de gênero na velhice.
Objetivos Os objetivos deste estudo foram construir um indicador de religiosidade para idosos octogenários e testar a correspondência entre percepção de saúde e religiosidade com os determinantes sociais segundo gênero.
Metodologia O estudo AGEQOL (Aging, Gender and Quality of Life) é uma coorte com idosos de uma cidade de Minas Gerais. Do total de 2052 idosos da linha base, 408 idosos com 80 anos e mais foram examinados e entrevistados novamente. A idade média foi de 85,2±4,6 anos (85,3±4,8 para as mulheres e 85,1±4,1 para os homens). Índice de Religiosidade de Duke (DUREL) foi usada para medir a religiosidade. Para criar uma variável única chamada “religiosidade”, foi utilizada a análise de cluster com validação pela análise discriminante canônica. A análise de correspondência múltipla foi usada para explorar as relações entre religiosidade e condições socioeconômicas e demográficas.
Resultados Formaram-se dois clusters: alta religiosidade (N=327) e baixa religiosidade (N=80), um idoso não foi agrupado em nenhum cluster. A análise de correspondência gerou 4 grupos com diferentes perfis. O grupo 1 reuniu idosos mais velhos, viúvos, analfabetos de baixa renda que moram sozinhos com péssima percepção de saúde. O grupo 2 reuniu os homens aposentados separados com percepção ruim de saúde e baixa religiosidade. O grupo 3 foi formado por idosos com <85 anos casados com maior renda e escolaridade com boa percepção de saúde. No grupo 4 estão mulheres solteiras com baixa escolaridade, muito boa percepção de saúde e alta religiosidade.
Conclusões/Considerações Conclui-se que a religiosidade e a percepção de saúde foram fatores determinantes na formação dos perfis distintos entre idosos octogenários deste estudo, com diferenças de gêneros relevantes. Apesar das mulheres terem maior religiosidade, elas também foram associadas as piores condições sociais, quando comparadas aos homens.
|