29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10g - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
22427 - DESIGUALDADES DE GÊNERO, IDADE E NÍVEL SOCIOECONÔMICO NA PREVALÊNCIA DE ATIVIDADE FÍSICA DE LAZER EM ADULTOS BRASILEIROS INACIO CROCHEMORE MOHNSAM - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, GRÉGORE I MIELKE - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, ANDRÉA D BERTOLDI - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PAULO SERGIO DOURADO ARRAIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, VERA LUCIA LUIZA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, SOTERO SERRATE MENGUE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, PEDRO CURI HALLAL - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Apresentação/Introdução Aproximadamente um terço dos brasileiros adultos não atingem as recomendações atuais de atividade física. Apesar de grande parte da prática de atividade física ser atribuída ainda a atividades laborais e de deslocamento em países como o Brasil, o domínio do lazer merece especial atenção por apresentar importantes desigualdades sociais, bem como oportunidades para intervenções.
Objetivos Descrever as desigualdades de gênero, idade, nível econômico e escolaridade na prevalência de atividade física de lazer em brasileiros com idade maior ou igual a 15 anos.
Metodologia Foram analisados dados de atividade física coletados pela Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM). A pesquisa foi realizada entre setembro de 2013 e janeiro de 2014, apresentando representatividade da zona urbana do país. A atividade física foi mensurada de acordo com o domínio de lazer do Questionário Global de Atividade Física e foram considerados ativos aqueles participantes que atingiram 150 minutos de prática na semana anterior à entrevista. Desigualdades relativas e absolutas em termos de gênero, idade, escolaridade e nível socioeconômico (NSE) foram avaliadas por meio de múltiplas estratificações.
Resultados A prevalência de atividade física no lazer foi de 17,8% (IC95%:16,7 – 19,2). A atividade física foi aproximadamente duas vezes maior entre os homens comparado às mulheres entre 15 a 44 anos (desigualdades de gênero não foram identificadas entre participantes com 45 anos ou mais), nos diferentes NSE e grupos de escolaridade. Maior prática de atividade física foi observada entre a população com maior NSE. Entre as mulheres, a diferença absoluta foi em média de 10 pontos percentuais (pp) entre os grupos extremos de NSE. Entre os homens, as diferenças foram mais acentuadas, o grupo com maior diferença foi de 25-34 anos, onde a prevalência de atividade física foi 30 pp maior entre os mais ricos.
Conclusões/Considerações Atividade física no lazer, um domínio importante para intervenções de promoção da saúde, apresenta expressivas desigualdades de gênero, de idade e de NSE. Estratégias de promoção de atividade física precisam ser voltadas para esses grupos populacionais que vem sendo deixado para trás em virtude de barreiras sociais, culturais e ambientais.
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