29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10g - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
22286 - MUDANÇAS NAS PREVALÊNCIAS DE COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE: ESTUDO DE COORTE COM POPULAÇÃO DE MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE (2011-2015) MATHIAS ROBERTO LOCH - UEL, ANDRÉ ULIAN DALL EVEDOVE - UEL, GIOVANA FRAZON DE ANDRADE - UEL, ANA MARIA RIGO SILVA - UEL
Apresentação/Introdução Alguns comportamentos de risco à saúde estão relacionados à diversos desfechos negativos de saúde. Acompanhar tendências de possíveis mudanças nestes comportamentos pode ser de grande importância para se avaliar o impacto das ações de saúde, bem como na produção de evidências que auxiliem o planejamento de ações futuras.
Objetivos Verificar as mudanças na prevalência de cinco comportamentos de risco à saúde em uma amostra de adultos com 40 anos ou mais de um município de médio porte do estado do Paraná, Brasil, após quatro anos.
Metodologia Estudo longitudinal prospectivo com dois períodos de coleta. Em 2011 foram entrevistadas 1180 pessoas (amostra representativa da população de 40 anos ou mais da cidade de Cambé). Em 2015, os mesmos sujeitos foram procurados. Este estudo considerou dados de 879 sujeitos. As prevalências de cinco comportamentos de risco à saúde foram analisadas (total inatividade física no tempo livre, consumo irregular de frutas, consumo irregular de verduras, consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias e tabagismo) nos dois momentos, sendo calculada a diferença percentual destas prevalências. O Teste de McNemar para medidas repetidas, foi utilizado para verificar a significância destas diferenças (p≤0.05).
Resultados Não se observaram diferenças significativas na prevalência de total inatividade física no lazer (69,5% em 2011 e 71,9% em 2015; aumento de 3,4%; p=0,196). Com relação ao consumo irregular de frutas (<5dias/semana), houve diminuição significativa da prevalência (53,3% em 2011 e 42,5% em 2015; redução de 25,8%; p≤0.01), o mesmo acontecendo com o consumo irregular de verduras (<5dias/semana), 33,9% em 2011 e 30,1% em 2015; redução de 9,9%; p=0,043). Também foi observada redução da prevalência no consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias (18,4% em 2011 e 12,8% em 2015; diminuição de 43,7%; p≤0.01) e do tabagismo (18,3% em 2011 e 15,2% em 2015; diminuição de 20,4%; p≤0.01).
Conclusões/Considerações Houve significativas diminuições na prevalência do consumo irregular de frutas e de verduras, no consumo abusivo de álcool nos últimos 30 dias e no tabagismo. Porém, não se observou diferença significativa na prevalência de total inatividade física no tempo livre, inclusive com aumento numérico, abrangendo mais de dois terços da população, indicando a necessidade de um maior foco das políticas públicas de saúde neste comportamento específico.
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