Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC10f - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde

23969 - O VITALISMO DE GEORGES CANGUILHEM, A CLÍNICA AMPLIADA E A EXCLUSÃO DE MULHERES EM PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
VICTOR FERREIRA ROQUE ROCHA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SÉRGIO AROUCA, GRACIELA PAULA DO NASCIMENTO DUQUE - HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA


Apresentação/Introdução
A pesquisa discute o complexo fenômeno do abandono familiar de mulheres privadas de liberdade, articulado às concepções de clínica e vida de Georges Canguilhem, expressas em sua tese: “O Normal e o Patológico”, e às propostas da Clínica Ampliada, e foi motivada pela busca de possibilidades para as questões vivenciadas na rotina de trabalho em uma penitenciária localizada no sudeste brasileiro.


Objetivos
Objetiva-se analisar os desafios que se colocam para a clínica na contemporaneidade, no que diz respeito à integralidade da atenção à saúde de mulheres encarceradas a partir das concepções interseccionais e interculturais.


Metodologia
Esta pesquisa efetivou-se a partir de uma revisão bibliográfica acerca das temáticas propostas. Foi realizada uma pesquisa de trabalhos que abordavam o fenômeno do abandono familiar de mulheres privadas de liberdade, e as concepções de Georges Canguilhem, em base de dados e na literatura impressa, possibilitando uma associação entre os temas e o surgimento de hipóteses e possibilidades.


Resultados
Verificou-se que Georges Canguilhem lança luz sobre um quesito vocacional muito atual da clínica para vida, contrapondo-se às iatrogenias e sendo o aspecto normativo, de instituição de normatividades vitais, central para a compreensão de um novo modelo clínico probiótico, relacional e intercultural, no sentido de uma ecologia de fazeres e saberes, voltada ao fenômeno da vida em sua pluralidade, em contraposição a uma acepção de clínica antibiótica e tutelar. Evidencia-se também a urgência de uma clínica que não reduza o fenômeno da vida em sua complexidade e potência. Neste sentido, o vitalismo de Canguilhem é útil por lançar luz a novas possibilidades para a clínica.


Conclusões/Considerações
No caso das mulheres privadas de liberdade que adoecem ao serem vítimas de um processo de exclusão e abandono familiar, mais do que propor um protocolo clínico- interventivo, cabe conceber possibilidades mais plurais que não encerrem as usuárias do serviço de saúde em uma patologia, mas sim potencialize novas possibilidades de existência, mais autônomas e menos tuteladas.

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