28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10e - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
23555 - QUALIDADE DO PRÉ-NATAL NO BRASIL: CONTRIBUIÇÕES DE USUÁRIAS ENTREVISTADAS PELA OUVIDORIA DO SUS JULIANNE MELO DOS SANTOS MELQUIADES - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, CAMILA PIMENTEL LOPES DE MELO - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, JONATAN WILLIAN SOBRAL BARROS DA SILVA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, HASSYLA MARIA DE CARVALHO BEZERRA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, SÉMARES GENUÍNO VIEIRA - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE, KÉSIA VALENTIM DO NASCIMENTO DUARTE - INSTITUTO AGGEU MAGALHÃES/ FIOCRUZ PE
Apresentação/Introdução O Pré-Natal contribui na detecção precoce de desfechos desfavoráveis e medidas oportunas controlando os fatores de risco, proporcionando uma assistência adequada para a Saúde da Mulher e da Criança.
O Programa Rede Cegonha através dos seus componentes: pré-natal, parto e nascimento; puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico visa reduzir a mortalidade infantil e materna.
Objetivos -Analisar a qualidade da assistência pré-natal segundo aspectos de realização de exames, orientação nas consultas e desfecho de parto oferecido às usuárias entrevistadas pela Ouvidoria SUS no Brasil que tiveram seus partos realizados em 2013 e 2014.
Metodologia Estudo descritivo, transversal, de base populacional com dados provenientes da pesquisa Rede Cegonha, realizada pelo MS. Foram entrevistadas 41.624 mulheres em 2013-2014, atendidas em maternidades públicas e privadas conveniadas ao SUS. As entrevistas ocorreram por telefone contidos nas Autorizações de Internação Hospitalar (AIH).
A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário estruturado com questões relativas ao perfil sóciodemográfico e de cuidados relacionados ao pré-natal.
A análise dos dados foi realizada através do Software IBM SPSS Statistics versão 21. O acesso aos dados foi permitido através de um convênio entre o Departamento de Ouvidoria Geral do SUS (DOGES) e o IAM.
Resultados 90,4% tiveram sua pressão aferida, 86,6% fizeram exame de urina, 88,8% coletaram exame de sangue; 46,6% tiveram conversas de pré-natal, 27,5% foram orientadas sobre a lei do acompanhante, 50,5% informadas sobre o plano de parto, 39,4% receberam esclarecimento sobre os tipos de parto, 26,1% benefícios dos partos, 34,8% direito à anestesia, 56,6% informadas antecipadamente sobre o local do parto e 92,1% dos acompanhantes consideram o tratamento ruim.
As que não receberam informação de pré-natal com maior frequência: mulheres 34,3% Região Norte; faixa etária 20-39 anos 32,85%, estado civil casada 32,9%, escolaridade nível médio completo 33%, não ter renda 34% e não ter plano de saúde 31,9%.
Conclusões/Considerações O pré-natal no Brasil tem se destacado pelo acesso ao SUS e parte técnica que tem sido realizada; contudo, precisa melhorar a parte social da informação que gera orientação para as gestantes. O profissional precisa orientar as mulheres e informá-la de seus direitos, além de realizar a escuta empática das vontades, desejos e anseios das gestantes durante todo o pré-natal, parto e nascimento.
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