28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10d - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
28234 - ÓPTICA DO AFETO NA SAÚDE MENTAL - UMA VIVÊNCIA NA REALIDADE DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE LÍGIA BURTON FERREIRA - PUCRS - PORTO ALEGRE, ALANA OLIVEIRA DA CUNHA - FSG - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA, CARINA VEIGA - UCS - CAXIAS DO SUL, FABÍOLA DOS SANTOS GIANI - UCS - CAXIAS DO SUL, MARIANA RAMALHO RODRIGUES - UNISINOS - SÃO LEOPOLDO, PEDRO VINICIUS MARTINS BELARMINO JUNIOR - UFT - MIRACEMA, SUZETE MARCHETTO CLAUS - UCS - CAXIAS DO SUL
Período de Realização A vivência ocorreu no período de 19 a 25 de fevereiro de 2018 na cidade de Caxias do Sul – RS.
Objeto da Experiência Clínica Psiquiátrica Paulo Guedes, Centro de Atenção Psicossocial para usuários de Álcool e Drogas – CAPS AD REVIVER (tipo III) e Residenciais Terapêuticos I e II.
Objetivos Objetivamos conhecer os serviços de saúde mental do município de Caxias do Sul, bem como, entender o fluxograma da rede de saúde para melhoramento dos direitos sociais, visando a individualidade e as diferenças entre os serviços e suas consequências nos dias atuais.
Metodologia O relato de experiência enfatiza o que foi apreendido da realidade do cuidado em saúde mental oferecido pelo município. A análise pode ser estabelecida a partir das visitas guiadas realizadas, onde além de visualizar as condições de estrutura, os trabalhadores indicaram o funcionamento dos serviços por meio da apresentação do trabalho que desenvolvem, permitindo conhecer a realidade a partir da narrativa dos sujeitos que a vivenciam.
Resultados As pessoas internadas perderam sua autonomia sob a justificativa de perigo para si e para os outros, enquanto que nos Residenciais Terapêuticos o trabalho desenvolvido é de recuperação da autonomia. Além disso, a internação trata as pessoas de maneira homogênea, excluindo suas singularidades no momento em que precisam se adaptar a uma convivência coletiva extensa e com regras generalistas. Ao passo disso, as pessoas que vivem nos Residenciais possuem sua subjetividade e seu ritmo respeitados.
Análise Crítica De acordo com Safatle (2016), ao despossuir o sujeito de seus predicados pré determinados ele se torna mais livre. Sendo assim, ao visitarmos a clínica Paulo Guedes, ficamos surpresos com a forma que os pacientes eram vistos, a qual não era um reconhecimento sob a ótica do afeto, mas a imposição de adjetivos que excluem e determinam uma identidade a ser atuada em um palco metafórico (Salih, 2012). Ao receber diagnósticos elas assumem a identidade da doença.
Conclusões e/ou Recomendações A implantação da Política Nacional de Saúde Mental (2001) instituiu a humanização e o foco na reinserção dos pacientes, entendendo o modelo manicomial enquanto um dispositivo que viola os direitos das pessoas em tratamento mental. As práticas encontradas no CAPS e nos residenciais terapêuticos estão em consonância com os princípios do SUS e da saúde coletiva de promover a melhoria na qualidade de vida e respeitar o indivíduo na sua singularidade.
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