27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10c - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
28084 - FATORES SOCIOECONÔMICOS E OCORRÊNCIA DE DENGUE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO NO ANO DE 2015 LUÍSA NOVIS LEITE PINTO - FUNDAÇÃO TECNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES/ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES, CLAUDIA BELTRI ALVES - FUNDAÇÃO TECNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES/ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES
Apresentação/Introdução Existem vários fatores envolvidos na ocorrência da dengue, entre eles, o nível socioeconômico (MONDINI, 2007), que junto com as variáveis ambientais e biológicas estabeleceu o contexto necessário para sucessivas epidemias no Brasil (BARBOSA, 2017). O Rio de Janeiro é um dos principais estados brasileiros em número de casos notificados, com altas taxas de incidência (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
Objetivos O presente trabalho tem como objetivo investigar a relação entre fatores socioeconômicos e
a incidência de dengue no município do Rio de Janeiro, no ano de 2015.
Metodologia Trata-se de um estudo ecológico que avaliou a relação entre a taxa de incidência de dengue e fatores socioeconômicos no município do Rio de Janeiro. Os dados sobre os casos notificados de dengue são provenientes do Sistema de Informações de Agravo de Notificações, e obtidos para as 10 áreas programáticas do município. Para o cálculo das taxas de incidência obteve-se os dados populacionais do censo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2010). As variáveis socioeconômicas (água, esgoto, lixo, escolaridade e renda) foram obtidas no Instituto Pereira Passos (2010). Para avaliar a relação entre as variáveis foram calculados os coeficientes de correlação e utilizado o programa Stata.
Resultados Observou-se a maior incidência de dengue no período de março a julho, com média de 3,2
casos a cada 100.000 habitantes. Houve maior incidência na AP 5.1-Bangu (2,86/100.000),
onde também se observou as piores condições socioeconômicas de acordo com os indicadores estudados. As variáveis referentes a saneamento apresentaram relação positiva, com coeficientes entre 0,21 e 0,33 e sem significância estatística. As variáveis referentes à renda (renda per capta, porcentagem de domicílios com renda inferior a 1 salário mínimo e domicílios com renda superior a 5 salários mínimos) apresentaram relação inversa com a incidência de dengue e sem significância estatística.
Conclusões/Considerações A ausência de relação significativa entre as variáveis de saneamento e a incidência pode ser dado ao padrão homogêneo com altas taxas de cobertura das áreas analisadas. Quanto às variáveis de renda, o resultado sugere uma relação, pois quanto maior a renda, menor a incidência. A relação entre as condições socioeconômicas e a ocorrência de dengue é uma questão controversa devido a discordância de diversos estudos, logo precisa ser melhor estudada.
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