27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10c - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
25405 - CONDIÇÕES DE VIDA E MORTALIDADE POR DOENÇA EM SALVADOR, BAHIA JULIANA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, CLARICE - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, JESSIDENES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Apresentação/Introdução A doença falciforme (DF) é considerada uma doença com elevada relevância clínica e epidemiológica no Brasil e no mundo. Na DF, além dos fatores ligados à hereditariedade, a perda de qualidade de vida causada pela discriminação e pelas condições socioeconômicas desfavoráveis se relaciona com os valores mais elevados dos indicadores de morbimortalidade.
Objetivos Analisar aspectos da situação epidemiológica e da determinação social da mortalidade por DF na população de Salvador, Bahia, no período 2009 a 2016.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, com dados secundários, de domínio público, disponíveis no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), e dados do IBGE obtidos via internet. Foram descritas as características epidemiológicas dos óbitos por DF em Salvador e a distribuição dos casos entre os Distritos Sanitários a partir dos seguintes indicadores: Coeficiente de Mortalidade (CM) declarado e presumível; Distribuição Proporcional e, Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP). O Índice de Condição de Vida (ICV) foi utilizado para medir as condições de vida nos distritos sanitários.
Resultados O total de óbitos declarados (134) foi diferente do total de óbitos presumíveis (184). O distrito Cabula/Beiru apresentou maior registro de óbitos (17,4%). As mortes por DF de residentes em Salvador representaram a perda de 4.922 anos potenciais de vida perdidos. As pessoas negras foram as mais acometidas (83% do total de APVP registrado para Salvador). O risco de morrer foi maior entre as pessoas do sexo masculino (52,6%; CM=5,1/100 mil hab.). Evoluíram com maior frequência para óbito os adultos (80,7%; CM=5,7/100 mil hab.) e as pessoas negras (82,9%; CM=5,3/100 mil habitantes). Os distritos com as piores condições de vida apresentaram altos valores dos indicadores de mortalidade.
Conclusões/Considerações Apesar da natureza descritiva deste estudo, foi possível produzir informações importantes sobre a situação epidemiológica da DF em Salvador. Ademais, as condições de vida estão relacionadas com a mortalidade por DF, devendo ser consideradas no desenvolvimento e implementação das políticas públicas de saúde voltada para esta população, bem como considerar os aspectos epidemiológicos.
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