27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10a - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
26454 - A PROMOÇÃO À SAÚDE EM UMA REGIÃO DA ZONA OESTE DE SÃO PAULO: UMA EXPERIÊNCIA NA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA E ATENÇÃO PRIMÁRIA (FMUSP) LAIS MEIRELES ALVES - USP, AMANDA VILLALBA ALVES DA SILVA - USP, ANA PAULA DA CONCEIÇÃO SILVA - USP, FERNANDO DE OLIVEIRA ROSA - USP, FLÁVIA DIMARCHI DE MORAES - USP, IAN ORSELLI CARMIUS HELMHOLTZ - USP, LARA CAROLINA MAZIEIRO DA SILVA - USP, MATEUS RODRIGUES CUNHA - USP, MELINA ALVES DE CAMARGOS - USP, RENATO RIBEIRO DA SILVA - USP
Período de Realização O presente trabalho foi realizado no período de abril a julho de 2017.
Objeto da Experiência Diferentes dimensões do cuidado em saúde através da identificação de potencialidades e limites da promoção à saúde dentro de um dado território.
Objetivos Mapear espaços, práticas e ações que possam ser compreendidos como pontos de produção de saúde, por gerarem empoderamento e participação social em região da zona oeste de São Paulo sob responsabilidade sanitária do Centro de Saúde Escola Butantã (CSEB).
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa por meio de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistados usuários do CSEB e do Centro Educacional Unificado (CEU Butantã), como tentativa de diferentes inserções no território, totalizando 19 sujeitos. No questionário buscamos abordar a percepção dos sujeitos sobre as potencialidades e limites de cuidado em saúde na vida cotidiana.
Resultados A experiência de viver no território é qualificada positiva ou negativamente a partir da capacidade do lugar de resposta/satisfação a necessidades como trabalho, mobilidade e infraestrutura. As relações intersubjetivas perpassam as narrativas e demonstram encontros que suscitam situações de cooperação e conflitos que baseiam a vida comum. Aponta-se a ausência de organização local em torno das problemáticas comunitárias. O medo e a sensação de insegurança são pontos recorrentes nos relatos.
Análise Crítica As relações de amizade podem ser consideradas pela promoção à saúde como elemento que potencializa o bem-estar. Há uma vivência marcada pelo medo que imobiliza. O espaço é valorado segundo as possibilidades de consumo; a cidadania está atrelada ao acesso à bens e serviços dispostos desigualmente. Identifica-se problemas coletivos, mas as soluções são situadas no “outro”. Os sujeitos se veem exteriores ao processo de construção de políticas públicas que respondam a problemas estruturais.
Conclusões e/ou Recomendações Considera-se que bons encontros podem fecundar ações emancipatórias potencializando a construção de uma boa vida. Ações de promoção à saúde propiciam estes bons encontros, favorecem a convivência e privilegiam diferentes formas de afeto. Questiona-se como a promoção a saúde tem conseguido abordar e problematizar questões como as suscitadas nesta experiência e em que medida as ações em saúde têm sido mais prescritivas do que libertadoras.
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