27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC10a - Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde |
24329 - INTERNAÇÃO POR TUBERCULOSE: O TRATAMENTO EMBASADO NO TRABALHO EM EQUIPE E EM REDE THAÍS BOTELHO DA SILVA - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, LICIER MORAES - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, ELSA FRANKE ROSO - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, MARIA LUCIA PASTRO - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, ADILES BRINGUENTI - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, SANDRA MONDIM - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, CLAUDIA OLINTO - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, SALETE MACHADO - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON, FABIO KNIJINIK - HOSPITAL SANATÓRIO PARTENON
Período de Realização Abril a outubro de 2016
Objeto da Experiência Plano terapêutico singular construído com uma usuária em situação de vulnerabilidade social diagnosticada com tuberculose e outras comorbidades.
Objetivos Compartilhar a experiência bem sucedida de adesão ao tratamento de tuberculose em um hospital de longa permanência; Discutir sobre a importância do trabalho em equipe e em rede em contextos que associam tuberculose e vulnerabilidade social.
Metodologia Trata da experiência de uma usuária internada no hospital referência para tratamento de tuberculose no estado do RS. Ela foi acompanhada por equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar durante todo o período de internação (6 meses) e teve alta por cura. Após a alta foi convidada pela equipe para dar seu depoimento, o qual teve o áudio gravado, e foram realizadas fotos suas e dos locais atuais de vinculação na rede. A usuária autorizou o uso de voz e imagem e solicitou ser identificada
Resultados Na sua chegada apresentava mal estado geral, ansiedade, diagnóstico de tuberculose e aids com histórico de abandono, suspeita de demência precoce, uso abusivo de crack e outras drogas, desnutrição leve, situação de rua, ausência de vínculos familiares, pouca autonomia para auto-cuidado e comportamento regressivo. Tentou abandonar o tratamento e o desejo de alta era frequente. No entanto, apresentou melhora clínica progressiva e significativo avanço no seu grau de interação social e autonomia.
Análise Crítica A usuária foi estimulada a participar de atividades em grupo e aos poucos foi-se descobrindo suas potencialidades e fomentando o cuidado de si. Pode resgatar vínculos familiares e junto com estes construiu com a equipe o seu plano durante a internação e suas perspectivas pós alta. Apesar de a tuberculose ser uma doença para tratamento ambulatorial, casos como esse tendem a falhar e tornarem-se multiresistentes, o que acarreta maior insucesso, custos e dificuldade de tratamento.
Conclusões e/ou Recomendações A complexidade envolvida demanda adesão não somente à tuberculose, mas também à vida. Foram necessários atendimentos individuais, mas também uma estreita relação entre toda a equipe envolvida a fim de evitar o abandono e concluir a cura. A rede de apoio teve papel fundamental não só na permanência, como também na sequência dos encaminhamentos pós alta. A internação se fez necessária a fim de garantir a cura e interromper a cadeia de transmissão.
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