29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2o - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais IX |
26875 - SEGURANÇA ALIMENTAR DAS MULHERES AGRICULTORAS RESIDENTES NO ASSENTAMENTO ZUMBI DOS PALMARES, BRANQUINHA-AL RISIA CRISTINA - UFAL, MARIA ALICE ARAÚJO OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, LUANNA CAETANO DE AZEVEDO SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, ELYSSIA KARINE NUNES MENDONÇA RAMIRES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, TAÍSE GAMA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, GIOVANA LONGO-SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, WANDA GRIEP HIRAI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, RAFAEL NAVAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, LEIKO ASAKURA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, JONAS AUGUSTO CARDOSO DA SILVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Apresentação/Introdução A prevalência de insegurança alimentar em 2013 nos domicílios do Nordeste Urbano e rural foi de 37,2% e 54,8%, respectivamente. Existem poucos estudos sobre a situação de segurança alimentar e nutricional de assentados da reforma agrária em Alagoas. Este estudo faz parte da pesquisa “Saúde, nutrição e condições socioeconômicas dos agricultores dos assentamentos do município de Branquinha, Alagoas”.
Objetivos Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, cujo objetivo foi avaliar o nível de Segurança alimentar e nutricional das mulheres em idade fértil residentes do assentamento Zumbi dos Palmares, em Branquinha-AL no ano de 2017.
Metodologia Foram consideradas como unidades de estudo as mulheres agricultoras (N=50) do Assentamento Zumbi dos Palmares-Branquinha, a Zona da Mata/Alagoas. Para coleta de dados foi aplicado um questionário contendo dados referentes às condições ambientais, demográficas, socioeconômicos e produção agrícola das famílias. Para avaliar a segurança alimentar, foi utilizada a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar/EBIA. Os dados foram digitados em dupla entrada e analisados pelos pacotes estatísticos Epi Info 6.0 e Stata 8.0, mediante estatísticas descritivas de frequência e seus respectivos valores percentuais. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética por meio da Plataforma Brasil.
Resultados Destaca-se que cerca de 40% das mulheres tiveram renda mensal <1 um salario mínimo; metade era beneficiaria do programa Bolsa Família; 90% possuía casa própria, 54% residiam em casas com mais de 5 moradores e 26% residem em casa com menos de 6 cômodos; 84% tem acesso a casa com abastecimento de água e canalização interna. Destaca-se ainda que 48% das mulheres tinham idade entre 20-40 anos e cerca de 80% com cor da pele parda/preta. Sobre a escolaridade, em anos de estudo, quase metade frequentou menos de 5 anos de estudo formal. A insegurança alimentar foi identificada em 69,39% dos domicílios das mulheres estudadas, (prevalecendo na população a condição de insegurança alimentar).
Conclusões/Considerações Trata-se de uma população de elevado grau de pobreza e prevalência de insegurança alimentar mais elevada do que a encontrada para Alagoas e população rural do Nordeste, aproximando-se de outros grupos populacionais em situação de alta vulnerabilidade social e de marcante precariedade de suas condições de vida.. A partir destes resultados, pretende-se propor ações de intervenção que possam propiciar melhorias na qualidade da alimentação e vida desta população.
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