29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC2n - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais VIII |
25130 - ASSOCIAÇÃO DO GANHO DE PESO GESTACIONAL COM DESFECHOS DA CRIANÇA
ROBERTA GABRIELA PIMENTA DA SILVA ARAÚJO - ENSP/FIOCRUZ, ANA PAULA ESTEVES PEREIRA - ENSP/FIOCRUZ, THELMA BRANDÃO - INJC/FIOCRUZ, DENISE CAVALCANTE DE BARROS - ENSP/FIOCRUZ, CLÁUDIA SAUNDERS - INJC/FIOCRUZ, SILVANA GRANADO NOGUEIRA DA GAMA - ENSP/FIOCRUZ
Apresentação/Introdução
O ganho de peso gestacional é um preditor a curto e a longo prazo para desfechos da gestação. Alguns estudos demonstram que um maior ganho de peso gestacional (GPG) está associado com a diminuição do risco de baixo peso ao nascer (BPN) e pequeno para idade gestacional (PIG), mas com maior chance de crianças macrossômicas e grandes para a idade gestacional (GIG).
Objetivos
examinar as associações do ganho de peso gestacional de mulheres adultas durante a gestação com e desfechos da saúde da criança.
Metodologia
Trata-se de estudo transversal com 19.008 mulheres e seus conceptos, integrante do Estudo Nascer no Brasil. Devido à falta de informação de peso ou estatura, optou-se por uma imputação múltipla do IMC pré-gestacional. Para cada categoria de Índice de Massa Corporal (IMC, kg/m2), foi realizada uma regressão logística para os desfechos baixo peso, macrossomia e PIG, GIG. Utilizou-se o IOM 2009 para avaliar o GPG, segundo IMC e o INTERGROWTH 21th para a classificação das crianças em PIG e GIG.
Resultados
A média de IMC era 24,13kg/m2 (dp=4,50) e a de GPG era de 13,69Kg (dp=6,2). A prevalência para baixo peso era de 7,71%, para macrossomia 4,85%, PIG era 6,48% e GIG era 15,48%. Mulheres que iniciaram a gestação com IMC pré-gestacional de baixo peso e normal e com GPG abaixo das recomendações do IOM, apresentaram maior chance de terem crianças BPN e PIG. As mulheres que tiveram GPG excessivo, com exceção daquelas com obesidade pré gestacional, tiveram maior chance de terem crianças GIG. As mulheres com IMC normal e sobrepeso com GPG excessivo tiveram maior chance de terem crianças com macrossomia. As mulheres obesas que tiveram GPG abaixo foi fator de proteção para a macrossomia.
Conclusões/Considerações
Faz-se necessária uma avaliação das recomendações de GPG para as mulheres com obesidade, pois ganhar menos foi fator de proteção para crianças macrossômicas, alertando que embora o IOM tenha levado em consideração que uma grande parcela das mulheres chega à gestação com algum grau de obesidade, há um risco para a macrossomia.
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