29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2n - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais VIII |
23842 - INFLUÊNCIA DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NOS PADRÕES DE CONSUMO ALIMENTAR E ANTROPOMÉTRICOS DE GESTANTES: ESTUDO DE COORTE DO NISAMI JERUSA DA MOTA SANTANA - ISC/ UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, CINTHIA SOARES LISBOA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA, DJANILSON BARBOSA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA, ANA MARLUCIA DE OLIVEIRA ASSIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Apresentação/Introdução O Programa Bolsa Família (PBF) promove segurança alimentar e nutricional dos seus beneficiários. Estudos sobre a avaliação do PBF revelam efeitos positivos sobre as condições de saúde da mãe e da criança, no entanto as informações sobre a influência desse programa no consumo alimentar de gestantes e no padrão antropométrico ainda são incipientes.
Objetivos Investigar a influência do Programa Bolsa Família nos padrões antropométricos e de consumo alimentar de gestantes
Metodologia Estudo de coorte prospectiva dinâmica envolvendo 250 gestantes do município de Santo Antônio de Jesus. As informações socioeconômicas e de acesso a programa de transferência de renda foram fornecidas pela gestante e registradas em questionário padronizado. A aferição do peso materno foi realizado no 2º e 3º trimestres a avaliação do consumo alimentar por meio do QFA semi-quantitativo. A aferição do peso da gestante foi realizada pela equipe do pré-natal. Empregou-se Modelagem de Equações Estruturais (MEE) para avaliar as relações entre as variáveis. As análises estatísticas foram realizadas no Software STATA versão 12.0
Resultados Na MEE foram construídas duas variáveis latentes Padrão 1 (leite e derivados, peixes, frutas e verduras, azeite, leguminosa, oleaginosa, tubérculos e raízes) e Padrão 2 (cereais refinados, comidas regionais, óleo vegetal, embutidos, carnes salgadas e lanches). O PBF exerceu efeito direto e negativo no Padrão de consumo 2 (-0,10) e no IMC materno durante a gestação (-0,12). Quanto as variáveis intermediárias observou-se efeito direto negativo do mês de início de pré-natal (-0,10) e efeito direto positivo para as variáveis número de consultas de pré-natal (0,08) e renda familiar (0,21) e anos de estudo (0,08).
Conclusões/Considerações Este estudo permite concluir que gestantes beneficiárias do Programa Bolsa Família apresentaram menor probabilidade de elevação excessiva do IMC e foram aquelas que fizeram menor adesão ao padrão de consumo alimentar composto por cereais refinados, óleo vegetal, embutidos, carnes salgadas e lanches (padrão de consumo 2), acessaram o pré-natal com maior frequência no início da gestação e tiveram maior número de consultas de pré-natal.
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