29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2n - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais VIII |
21799 - MARCADORES DE CONSUMO ALIMENTAR DAS MULHERES DA ZONA RURAL NO EXTREMO SUL DO BRASIL FERNANDA DE CASTRO SILVEIRA - FURG, LULIE ROSANE ODEH SUSIN - FURG, RODRIGO DALKE MEUCCI - FURG
Apresentação/Introdução Evidências demonstram que no Brasil, nos últimos anos, a população passou por muitas modificações sociais que resultaram em mudanças no seu padrão de saúde e consumo alimentar. Essas modificações acarretaram na diminuição da pobreza e exclusão social e, consequentemente, provocaram o aumento da obesidade e a melhoria ao acesso dos alimentos.
Objetivos Descrever a prevalência dos marcadores de consumo alimentar saudável e não saudável e sua associação com os fatores socioeconômicos, demográficos, comportamentais e de saúde.
Metodologia O público-alvo deste estudo foram as mulheres em idade fértil de 15 a 49 anos de idade. Trata-se de um estudo transversal, de base populacional, com mulheres da zona rural do município de Rio Grande, RS, Brasil. Os desfechos consumo alimentar saudável e não saudável foram coletados através do questionário de marcadores de consumo alimentar do Ministério da Saúde. O processo de amostragem ocorreu de modo a selecionar 80% dos domicílios da zona rural. Este procedimento garantiu que fossem amostrados quatro em cada cinco domicílios. Para as análises foi utilizado a regressão de Poisson para a análise bruta e ajustada.
Resultados Em relação aos marcadores saudáveis, os indicadores apresentaram as seguintes prevalências: feijão 71,2%, frutas 52,9% e verduras/legumes 55,1%. Para os marcadores não saudáveis, as prevalências foram: hambúrguer e embutidos 22,5%, bebidas adoçadas 66,1%, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados 19,9% e biscoitos recheados, doces ou guloseimas 35,5%. Destaca-se que a menor faixa etária, foi a variável que associou-se mais frequentemente aos marcadores alimentares não saudáveis, ao maior consumo de hambúrguer e/ou embutidos, de bebidas adoçadas, de biscoito recheado, doces ou guloseimas e apresentando uma tendência para macarrão, salgadinhos ou biscoitos salgados.
Conclusões/Considerações . Estudo mostra uma alta prevalência de consumo de alimentos não saudáveis, principalmente entre as adolescentes. Estes achados podem ser usados por gestores em saúde para incentivar a alimentação saudável das mulheres da zona rural, bem como para intervir sobre algumas doenças e condições de saúde, mediante a promoção de hábitos alimentares saudáveis. Além disso, estes resultados podem ser úteis na proposição de ações de educação nutricional.
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