Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC2h - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais V

23251 - INSEGURANÇA ALIMENTAR EM PRÉ-ESCOLARES E CONDIÇÃO SOCIOECONÔMICA FAMILIAR
VANESSA DA ROCHA CHAPANSKI - UFPR, MARIA DALLA COSTA - UFPR, DOROTEIA APARECIDA HOFELMANN - UFPR, FABIAN CALIXTO FRAIZ - UFPR


Apresentação/Introdução
A Insegurança Alimentar (IA) ocorre quando há a preocupação quanto ao suprimento de alimentos em um futuro breve, dificuldade de acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e/ou redução na quantidade de alimentos disponíveis para suprir as necessidades nutricionais diárias. A IA na infância pode acarretar em anemia ferropriva, risco de atraso no desenvolvimento e baixa estatura para idade.


Objetivos
Identificar a prevalência da IA e as condições socioeconômicas associadas em pré-escolares matriculados em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) do município de São José dos Pinhais, Paraná.


Metodologia
Estudo transversal com amostra representativa envolvendo 414 crianças com idade entre 18 meses e 35 meses e 29 dias cujos responsáveis responderam questionário. A prevalência da IA foi mensurada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, sendo classificada em: IA leve com 2 a 5 respostas afirmativas, IA Moderada com 6 a 10 questões positivas e IA grave com 11 a 14 afirmações. A associação entre IA e escolaridade (≤8 anos e >8 anos de estudo), situação de trabalho (informal/sem trabalho e formal) e correlação com a renda per capita domiciliar foram avaliadas utilizando o Teste de Qui quadrado de Pearson e o Coeficiente de Correlação de Spearmann, respectivamente (α=0,05).


Resultados
A prevalência da IA nas famílias das crianças foi de 33,8% (IC95%:29,3 - 38,4), dos quais 25,1% em sua forma leve, 5,6% e 3,1% moderado e grave, respectivamente. A IA esteve associada com tempo de estudo do responsável (p=0,017), sendo que 30% das crianças com pais com mais de 8 anos de estudo viviam em domicilios com IA, esse valor chegou a 47% no grupo com pais 8 ou menos anos de estudo. A prevalencia de IA foi menor onde o responsável apresentava trabalho formal (28,2%) em comparação com aqueles com trabalho informal ou sem trabalho (39,5%) (p=0,023). Quanto maior o nível de insegurança alimentar domiciliar apresentado menor foi a renda per capita (p<0,001; rs = -0,309).


Conclusões/Considerações
Considerando a importância da alimentação e nutrição adequadas na infância, a alta prevalência de IA encontrada nessa população deve ser considerada como um problema de extrema urgência. A associação da IA com o tempo de estudo e situação de trabalho, bem como a correlação com a renda per capita fortelecem a hipótese de que investimentos nas condições sócioeconômicas da população resultam na melhoria do acesso a alimentos.

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