28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2f - Alimentação e Nutrição: Educação Alimentar e Nutricional III |
24179 - PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: PROMOVENDO A ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL NO PROGRAMA ACADEMIA DA SAÚDE DE BELO HORIZONTE-MG SUELLEN FABIANE CAMPOS - MESTRE EM SAÚDE E ENFERMAGEM PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. NUTRICIONISTA DO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE BELO HORIZONTE. PROFESSORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA FACULDADE PITÁGORAS, NATHÁLIA LUÍZA FERREIRA - DOUTORA EM ENFERMAGEM PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. PROFESSORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA FACULDADE PITÁGORAS., NANCY OHANA VAZ DRUMOND - GRADUANDA EM NUTRIÇÃO NA FACULDADE PITÁGORAS.
Período de Realização As atividades relatadas ocorreram nos meses de setembro e dezembro de 2017.
Objeto da Experiência Oficinas para divulgação das plantas alimentícias não convencionais (PANCs) entre usuários do Programa Academia da Saúde (PAS) de Belo Horizonte.
Objetivos Apresentar aos usuários do PAS alternativas para uma alimentação econômica, cultural e nutricionalmente adequada a partir do conhecimento, cultivo, consumo e compartilhamento de PANCs. Fortalecer o trabalho interdisciplinar e intersetorial entre ensino e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Metodologia Foram realizadas duas oficinas para divulgação das PANCs. Participaram do planejamento e execução das oficinas a nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), educadoras físicas do PAS, professora e acadêmicos do curso de Nutrição da Faculdade Pitágoras. Na primeira oficina discutiu-se o conceito de PANCs, sua importância cultural e nutricional, seu uso e cultivo. Na segunda oficina, abordou-se como identificá-las e os usuários trocaram mudas entre si. Em ambas receberam receitas.
Resultados 80 usuários participaram da primeira oficina e 87 da segunda. As PANCs mais conhecidas pelos usuários foram azedinha, bertalha, feijão guandú, ora-pro-nobis, peixinho, picão, serralha e taioba. Houve grande interação dos usuários, que relataram formas de cultivar e consumir as PANCs segundo o conhecimento popular. Verificou-se que muitas PANCs que faziam parte de seu hábito alimentar quando mais jovens, perderam espaço em sua alimentação atual devido, sobretudo, à urbanização da área onde moram.
Análise Crítica O trabalho intersetorial e interdisciplinar, e o uso de metodologias participativas possibilitou a construção de conceitos sobre diversidade alimentar e agricultura urbana. A divulgação das PANCs e o incentivo à agricultura urbana podem contribuir significativamente para a segurança alimentar e nutricional da população em função de seu fácil acesso e cultivo, pela melhoria do perfil alimentar e nutricional, por fazerem parte da cultura alimentar e promoverem o resgate das tradições culinárias.
Conclusões e/ou Recomendações As atividades foram uma grande oportunidade de ampliar o conhecimento de usuários, profissionais e estudantes sobre as PANCs. Espera-se que as ações contribuam para melhorias na diversidade alimentar, resgate cultural e afetivo, e habilidades culinárias da população. Recomenda-se que estas ações sejam ampliadas para outros cenários, com a participação de profissionais, como biólogos e agrônomos, além de parcerias com órgãos de agricultura urbana.
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