27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2e - Alimentação e Nutrição: Segurança Alimentar e Nutricional II |
25129 - AVALIAÇÃO DE CARDÁPIO SOB A PERSPECTIVA DO NOVO GUIA ALIMENTAR PARA POPULAÇÃO BRASILEIRA EM UM RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE NITERÓI/RJ MICHELLE GONÇALVES SANTANA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, MURIEL DA SILVA CARNEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, DÂMARIS XAVIER - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, ROSEANE MOREIRA SAMPAIO BARBOSA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Apresentação/Introdução A globalização e a inserção da mulher no mercado de trabalho levaram ao crescimento da demanda pela alimentação fora do domicílio, prática que tem sido associada a escolhas alimentares menos saudáveis. Em 2014, o Ministério da Saúde então atualizou o Guia Alimentar para a População Brasileira, consolidando-o como uma ferramenta de apoio ao incentivo da alimentação saudável.
Objetivos Avaliar a presença de alimentos in natura/minimamente processados, ultraprocessados, processados e ingredientes culinários processados no cardápio elaborado em uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) universitária pública.
Metodologia Tratou-se de estudo transversal realizado em UAN universitária localizada no município de Niterói/RJ. Avaliaram-se os cardápios planejados durante uma semana de maio de 2017. Foram utilizados o novo Guia Alimentar da População Brasileira e a classificação NOVA, agrupando os alimentos em: G1. in natura/minimamente processados; G2. ingredientes culinários processados; G3. processados; G4. ultraprocessados. Após, converteu-se a gramatura per capita dos alimentos em quilocalorias (kcal). Os resultados foram apresentados como percentual (%) de contribuição do valor energético total (VET) dos cardápios para cada grupo de alimentos, apresentados em tabelas do Microsoft Office Excel®, versão 2010.
Resultados Os resultados segundo o % de contribuição do VET dos cardápios foram: G1 - 70,9%; G2 - 10,2%; G3 - 0,5%; G4 - 18,4%. Observou-se que, no G1, destacaram-se o arroz e as opções proteicas como itens de maior contribuição. No G2, os alimentos que mais contribuíram foram o óleo de soja e o azeite de oliva extra-virgem. Notou-se, no G3, que a média de contribuição foi de apenas 0,5%; entretanto, no G4, a média apresentada foi de 18,4%, atribuída à presença de massa semipronta tipo nhoque e de doce como sobremesa. Mais da metade dos cardápios analisados apresentaram relação entre G1:G2+G3+G4 superior a 3:1, sendo esta considerada adequada dentro de parâmetros de qualidade da refeição.
Conclusões/Considerações Os resultados encontrados apontam ao reconhecimento da importância da oferta de alimentação saudável no ambiente educacional como estratégia de educação alimentar e nutricional. É possível introduzir hábitos alimentares saudáveis e proporcionar aos alunos a conscientização na escolha pelo consumo dos alimentos in natura ou minimamente processados em detrimento de alimentos ultraprocessados.
|