27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2d - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais II |
24477 - ESCOLARES DE ENSINO MÉDIO RESIDENTES EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO: COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E ESTADO NUTRICIONAL PRISCILLA RAYANNE E SILVA NOLL - INSTITUTO FEDERAL GOIANO, NUSA DE ALMEIDA SILVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, MATIAS NOLL - INSTITUTO FEDERAL GOIANO, PATRÍCIA DE SÁ BARROS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Apresentação/Introdução A saúde dos escolares de Ensino Médio (EM) residentes em Instituição de Ensino (IE) é de suma importância, já que os adolescentes apresentam diversos comportamentos de risco à saúde como uso de cigarro, hábitos alimentares inadequados e comportamento sexual de risco. O conhecimento dos fatores de risco à saúde deste público é necessário para a promoção de saúde desses escolares.
Objetivos Avaliar se o estado nutricional está associado aos comportamentos de saúde, hábitos alimentares, perfil bioquímico e perfil hemodinâmico de escolares residentes em uma Instituição Pública de Ensino.
Metodologia Estudo transversal com 122 adolescentes, 14-19 anos, cursando o EM e residentes numa IE de um município de Goiás. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (protocolo nº 1.094.680). Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e do Termo de Assentimento, coletou-se por um instrumento desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: dados socioeconômicos; dados antropométricos (massa corporal e estatura); sangue (perfil lipídico e glicemia); pressão arterial. Além disso, foi aplicado questionário com perguntas sobre consumo de cigarro, álcool e drogas, comportamentos alimentares, atividade física e comportamento sexual.
Resultados Os escolares apresentam comportamentos de riscos como uso de cigarro (13,1%), consumo de álcool (45,9%), múltiplos parceiros sexuais (77,1%), idade precoce da primeira relação sexual (89,1%). Porém, a maioria dos escolares é ativa fisicamente (70,5%). O maior tempo de permanência na IE está associado com consumo de menor número de doses de álcool (p=0,007) e IMC adequado (p=0,027). A prevalência de excesso de peso foi de 20,5% e associou-se com a renda familiar maior que 3 salários mínimos (RP=0,84) e com o consumo do café da manhã (RP=0,82). Foram identificadas alterações na pressão arterial (40,2%) e no perfil lipídico, como alta prevalência inadequada de HDL-c (96,7%) e LDL-c (31,7%).
Conclusões/Considerações Os escolares apresentam vulnerabilidade socioeconômica, alta prevalência de excesso de peso e diversos comportamentos de riscos à saúde, como uso de cigarro, alto consumo de álcool e comportamentos sexuais de risco, os quais podem estar relacionados com a distância da família. Tais comportamentos somados as alterações no perfil bioquímico e hemodinâmico são fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.
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