27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2d - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais II |
24037 - INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA NO ESTADO NUTRICIONAL E NA INGESTÃO DE ENERGIA E NUTRIENTES EM ADOLESCENTES BRASILEIROS ILANA NOGUEIRA BEZERRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, HITUANNA BEATRIZ NUNES MEDEIROS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, SUELYNE RODRIGUES DE MORAIS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, CLARICE MARIA ARAUJO CHAGAS VERGARA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, AMANDA DE MOURA SOUZA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Apresentação/Introdução O consumo de alimentos fora de casa (AFC) é um hábito crescente na população brasileira, mas poucos estudos tem avaliado essa prática entre adolescentes. Estudos em países de alta renda mostram uma piora na qualidade da dieta de crianças e adolescentes que realizam refeições fora de casa, podendo favorecer o ganho excessivo de peso nessa população.
Objetivos Avaliar a relação entre consumo de AFC e estado de peso e ingestão de energia e nutrientes em adolescentes brasileiros.
Metodologia Foram avaliados 36.956 adolescentes participantes do Estudo de Risco Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA 2013-2014). Considerou-se alimentação fora de casa o consumo de pelo menos um alimento ou bebida fora de casa. Estimou-se a prevalência de sobrepeso e obesidade segundo o índice de massa corporal para a idade, classificando-os de acordo com as curvas de referência da OMS. A diferença na média de ingestão de energia e nutrientes entre consumidores e não consumidores de AFC foi comparada observando-se os intervalos com 95% de confiança e por meio de modelos de regressão linear. As análises foram ajustadas por idade e sexo e consideraram a complexidade do desenho e o peso amostral.
Resultados Cerca de 26% dos adolescentes consumiram AFC. Não houve diferença no estado nutricional segundo o consumo de AFC (sobrepeso: 18,0%; IC95%: 16,1-20,0 entre consumidores vs. 17,1%; IC95%: 15,9-18,3 entre não consumidores de AFC; obesidade: 8,8%; IC95%: 7,8-9,8 entre consumidores vs.9,7%; IC95%: 8,2-11,3 entre não consumidores de AFC). Aqueles que se alimentam fora de casa apresentaram maior média de ingestão de energia (2134,1kcal; IC95%: 2079,8-2188,3 vs. 2440,3kcal; IC95%: 2345,2-2535,5), açúcar de adição (16,8%; IC95%: 16,1-17,2 vs. 18,6%; IC95%: 18,1-19,0) e lipídeos (29,8%; IC95%: 29,5-30,1 vs. 30,5%; IC95%: 30,2-30,8), do que os que não consumiram AFC, respectivamente.
Conclusões/Considerações Não foram encontradas diferenças significativas no estado nutricional dos adolescentes segundo o consumo de AFC, porém observou-se maior ingestão de energia, açúcar e lipídeo naqueles que consumiam AFC. Conhecendo-se os malefícios do consumo excessivo desses nutrientes, torna-se importante à implementação de ações de promoção da saúde, objetivando hábitos de alimentação saudável nessa população.
|