27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC2d - Alimentação e Nutrição: Estudos epidemiológicos de grupos populacionais II |
22794 - FATORES ASSOCIADOS À IMAGEM CORPORAL DE ADOLESCENTES ESCOLARES NO PARÁ: ESTUDO PENSE 2015 GABRIEL BRITO PROCÓPIO - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, ELIS RODRIGUES - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - UNIFESSPA, ÁLVARO FERREIRA DA SILVA - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, JERISIANE SOUZA LOBATO - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, PEDRO HENRIQUE DA CONCEIÇÃO SOUZA - LCC - UNIFESSPA, MARCELO SANTANA CAMACHO - LCC - UNIFESSPA, ROGERIO ROMULO DA SILVA - LCC - UNIFESSPA, PRISCILA DA SILVA CASTRO - IESB - UNIFESSPA, ANA CRISTINA VIANA CAMPOS - IESB - UNIFESSPA
Apresentação/Introdução A imagem corporal é importante para o adolescente e funciona como um retrato formado pelo sujeito, expandindo-se com suas experiências, em constante transformação. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) do ano de 2015 investigou os fatores de risco e proteção à saúde dos adolescentes de escolas públicas e particulares com idade de 13 a 17 anos no Brasil.
Objetivos Analisar as diferenças de sexo em relação à autopercepção da imagem corporal e identificar possíveis determinantes imagem corporal de adolescentes escolares do estudo PeNSE no Pará.
Metodologia Estudo ecológico com a utilização de dados do PeNSE do Pará (N=3834), sendo 52,2% do sexo feminino e idade média de 14,42 (±1,23). A variável dependente foi criada pela análise de segmentação a partir das questões: percepção da imagem corporal, percepção e satisfação com o corpo. Um modelo teórico hierárquico foi elaborado para investigar os fatores associados à imagem corporal do adolescentes e identificar os fatores agrupados em quatro níveis hierárquicos distintos entre distal, intermediário e proximal em direção ao desfecho: demográficos e socioeconômicos, hábitos alimentares, fatores comportamentais e culturais. Análise descritiva e regressão logística foram executadas no SPSS19, p≤0,05.
Resultados Formaram-se dois clusters: imagem corporal positiva (N=1643) e negativa (N=2154) e 1% da amostra não foi agrupada em nenhum cluster. Observou-se diferenças entre os sexos em relação a se achar muito magro ou muito gordo (p=0,000) e à insatisfação com o corpo (p=0,000). No modelo final, pior percepção da imagem corporal esteve associado à maior idade (p=0,002) e escolaridade (p=0,048), estar trabalhando (p=0,003), baixa ingestão de frutas e legumes (p=0,009), baixa frequência de educação física (p=0,015) e atividade física (p=0,021), ter sofrido bullying (p=0,001) e ter tomado remédio perder peso (p=0,000).
Conclusões/Considerações Os resultados sugerem que os hábitos alimentares e fatores comportamentais são principais fatores de risco para percepção negativa da imagem corporal entre os adolescentes escolares no Pará. Os educadores e os profissionais de saúde devem estar atentos à existência de insatisfação com a imagem corporal entre escolares, sendo necessário estimular a autoestima e melhorar a aceitação social entre os adolescentes.
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