Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC2c - Alimentação e Nutrição: Corpo, subjetividade e cultura

25107 - O OLHAR DA EQUIPE DE SAÚDE E DOS USUÁRIOS SOBRE O ACESSO AOS ALIMENTOS SAUDÁVEIS EM UM TERRITÓRIO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE
DAFNE PAVÃO SCHATTSCHNEIDER - UFCSPA, ELIZIANE NICOLODI FRANCESCATO RUIZ - UFRGS


Apresentação/Introdução
Entende-se que o acesso, de maneira digna, a uma alimentação adequada em sua concepção ampliada tem um papel na garantia da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN). Uma importante dimensão do acesso aos alimentos é a simbólica, visto que diz respeito a cultura e valores acionados na busca pela realização do comer cotidiano.


Objetivos
Identificar o acesso aos alimentos na perspectiva da equipe de saúde (ES) e dos usuários, através da dimensão simbólica do acesso, em um território de uma unidade de saúde de Porto Alegre, RS.


Metodologia
A abordagem da pesquisa foi qualitativa; utilizou-se entrevistas semiestruturadas como técnica para a apreensão dos dados empíricos junto a 8 usuárias da unidade de saúde e grupo focal com 15 profissionais da equipe de saúde. O conteúdo discursivo foi analisado pela análise temática, proposta por Minayo, a partir do conceito de Acesso utilizado no Campo da Saúde Coletiva, que se constitui em quatro dimensões: acesso econômico, técnico, político e simbólico (Jesus e Assis, 2010), essas são possíveis manter, com pequenas adaptações, para o acesso a uma alimentação adequada. Para esse trabalho foi utilizado a dimensão simbólica pelo olhar da ES e das usuárias entrevistadas.


Resultados
Destacou-se na fala das usuárias a valorização do fazer/preparar a comida. Como preparações cotidianas apareceram o arroz, feijão e carne. A carne é a comida que “não pode faltar” e apesar do preço e da dificuldade financeira, as usuárias acessam locais fora do território, como mercado público municipal e supermercados, para comprar um alimento que consideram de maior qualidade. O arroz e o feijão, mesmo consumidos diariamente, são vistos como “comida do pobre” pelas entrevistadas e monótono pela ES. A ES, valorizou como saudável o acesso a alimentos integrais, iogurte, queijo e atum, os quais não fazem parte do repertório alimentar e cultural da maior parte da população do território.


Conclusões/Considerações
Embora o consumo da mistura do arroz e feijão seja cotidiano, há uma desvalorização desse hábito no território. Em tempos em que a alimentação dos brasileiros se caracteriza pela introdução de alimentos ultraprocessados de alta densidade energética, o consumo dessa mistura necessita ser melhor visibilizada nas práticas de saúde por sua importância na preservação da cultura nacional e por seu papel como protetora para sobrepeso e obesidade.

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