27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC2b - Alimentação e Nutrição: Alimentos Ultraprocessados |
23212 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM PRÉ-ESCOLARES
VANESSA DA ROCHA CHAPANSKI - UFPR, MARIA DALLA COSTA - UFPR, DOROTEIA APARECIDA HOFELMANN - UFPR, FABIAN CALIXTO FRAIZ - UFPR
Apresentação/Introdução
Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais prontas para o consumo contendo alta densidade energética, excesso de gorduras totais e saturadas, açúcares e sódio. Sabe-se que o excesso na ingestão desses nutrientes, especialmente desde a infância, pode resultar no aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) como obesidade, diabetes e hipertensão.
Objetivos
Identificar o consumo de alimentos ultraprocessados e fatores associados em crianças de 18 a 35 meses e 29 dias matriculadas em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) do município de São José dos Pinhais, Paraná.
Metodologia
Estudo transversal com amostra representativa envolvendo 439 crianças. O consumo alimentar foi verificado através dos Marcadores de Consumo Alimentar propostos pelo Ministério da Saúde. Considerou-se o número de crianças cujos pais referiram o consumo no dia anterior de, ao menos um dos seguintes alimentos: hambúrguer e/ou embutidos, bebidas adoçadas (refrigerante, suco de caixinha, suco em pó), macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, biscoitos (salgado, doce e/ou recheado) e guloseimas (balas, pirulitos, chicletes, caramelo, gelatina). As associações entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as demais covariáveis foram verificadas através de teste Mann Whitney (α=0,05).
Resultados
O consumo no dia anterior de alimentos ultraprocessados foi observado em 86,7% (IC95%:83,5 - 89,9) das crianças. Bebidas adoçadas e guloseimas representaram os alimentos com maior frequência de consumo no dia anterior observados em 64,4% e 51,7% das crianças, respectivamente. O consumo de biscoitos (salgados, doces ou recheados) foi relatado por 47,3% dos respondentes. Além disso, 20,7% e 15,9% dos responsáveis referiram o consumo no dia anterior de hamburguer e/ou embutidos e macarrão instântaneo, respectivamente. O consumo desses alimentos esteve associado à menor idade do responsável (p=0,01) e maior idade da criança (p=0,002). Não houve associação com renda familiar per capita (p=0,878).
Conclusões/Considerações
O alto consumo de alimentos ultraprocessados nessa faixa etária alerta para a importância de ações educativas relacionadas às diretrizes do novo guia alimentar para a população brasileira, que englobam a redução no consumo desses alimentos com objetivo de previnir as DCNTs.
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